Da Redação
Ex-ministro
do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles chamou nesta quarta-feira
(24) o presidenciável Sergio Moro (Podemos), de quem foi colega quando o
ex-juiz chefiou o Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro (sem
partido), de "comunista".
A
fala de Salles ocorreu durante o programa "Morning Show", da Jovem
Pan, emissora da qual ele é comentarista desde o início deste mês.
"O
cara [Moro] aceitou ser político, aceitou ser ministro do Bolsonaro, sabendo
que não tinha nada a ver com o governo, que ele é de esquerda, que ele é contra
as armas, ele é a favor de droga. O Moro é comunista", disse Salles, sendo
rebatido pelos colegas. "Vai dizer que o Moro não é de esquerda? O Moro é
um tucano", continuou o ex-ministro, que deixou o cargo em junho, após ser
alvo de investigações.
Moro
abandonou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça e Segurança
Pública do governo Bolsonaro. Ele deixou a pasta em abril de 2020, acusando o
presidente de interferência política na PF (Polícia Federal).
Ao
contrário do que afirmou Salles, o ex-juiz já declarou ser contra a liberação
da maconha, mas, em entrevista ao apresentador Ratinho, do SBT, em julho de
2019 afirmou ser a favor do seu uso medicinal.
Em
relação às armas, Moro declarou, em maio de 2019, quando ainda era ministro,
que o decreto assinado por Bolsonaro para flexibilizar as regras para compra e
porte não fazia parte de uma estratégia de combate à criminalidade.
"Não
tem a ver com a segurança pública. Foi uma decisão tomada pelo presidente em
atendimento ao resultado das eleições", afirmou ele na ocasião.
Em
julho de 2020, depois de deixar o governo, Moro fez uma autoavaliação, em
entrevista à Globonews, e declarou que "talvez pudesse ter me insurgido
mais" ao falar sobre o tema.
Sobre
facilitar o acesso da população às armas, ele disse, na ocasião, que
"concorda até determinado nível", mas avaliou que a política poderia
virar um problema de segurança pública.
"Acho
que flexibilizar a posse de arma em casa mais é algo aceitável, mas acima de
determinado ponto você começa a gerar uma política perigosa. Esses armamentos
podem ser desviados para o crime e você não tem rastreamento adequado",
explicou.
Na
terça (23), em entrevista à CNN Brasil, Moro se disse "a favor de uma
economia liberal". Na visão do ex-ministro, a iniciativa privada "que
busca inovação, abertura de mercados" tem um papel fundamental na
sociedade. Já o estado, para ele, deve ter "um papel regulador" na
economia.
A reportagem procurou a assessoria de Moro a respeito das declarações do ex-ministro do Meio Ambiente, mas não obteve retorno
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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