A
APLB-Sindicato, legítima representante dos trabalhadores e trabalhadoras em
Educação vem a público manifestar toda a sua solidariedade e apoio jurídico aos
docentes da Escola Estadual Thales de Azevedo por tentativas de intimidação,
coação e pressão psicológica por grupos de extrema direita que tentam cercear a
livre expressão e tumultuar aulas e algumas atividades propostas pelos
professores e professoras.
O
departamento jurídico da APLB foi acionado atendendo o apelo de um grupo de
professores do referido colégio que esteve na sede do Sindicato e relatou
observar atitudes inamistosas e de perseguição de uma determinada estudante
contra uma das professoras de Filosofia por conta da mesma apresentar temática
nas aulas referentes a questões de gênero, racismo, assédio, machismo,
diversidade, entre outras.
A
comunidade escolar foi tomada de surpresa ao tomar conhecimento de que a
referida aluna e sua genitora apresentou notícia crime na DERCCA contra a
professora de Filosofia. Após receber a intimação, a professora encontra-se
extremamente abalada emocionalmente, necessitando inclusive de ser
hospitalizada para atendimento médico de urgência. Motivo pelo qual estamos
preservando sua identidade.
Para
o coordenador-geral Rui Oliveira é inadmissível esta perseguição aos docentes.
“Infelizmente são ações de grupos ligados à pessoas de extrema direita, que
desrespeitam e ferem a liberdade de cátedra. Não vamos permitir que isso
aconteça. Vamos dar todo o apoio para a comunidade escolar do Thales de
Azevedo, principalmente à professora que foi intimada, bem como disponibilizar
nossos advogados para acompanhá-la no dia da audiência. Vamos continuar
denunciando toda a forma de abuso e perseguição”, destacou Rui. Ele ainda se
mostra bastante preocupado com as relações internas entre os alunos após o
ocorrido. Para a APLB o ambiente escolar deve ser preservado das divergências
políticas. A disseminação de Fake News e discussões acirradas e desrespeitosas,
como adotadas pela extrema direita, não podem fazer parte do cotidiano escolar,
pois os impactos podem ser muito graves.
Rui
Oliveira esteve nesta quinta-feira (18), na escola Thales de Azevedo, com um
representante do Jurídico, José Lucas Sobrinho e demais diretores, como João
Santana e Delsuc Machado, para apurar as denúncias e apoiar os docentes. Ficou
estabelecido que a unidade escolar irá elaborar um documento que a APLB
divulgará amplamente na imprensa e para a Secretaria de Educação estadual.
Ainda
segundo informações, no mês de agosto foi realizado um seminário online pela
escola e após o evento um grupo de estudantes e seus responsáveis expediram uma
nota atacando os professores e palestrantes. Em outra ocasião, durante uma aula
remota da disciplina de Inglês, a mãe de uma estudante, a mesma que deu entrada
na queixa contra a professora de Filosofia, invadiu o espaço da aula online
para inquirir e exigir explicações sobre a temática, que segundo ela seria inadequada
por se tratar de feminismo.
A
direção da APLB-Sindicato lamenta profundamente as ocorrências e reitera o
apoio jurídico e psicológico à professora, exigindo a apuração dos fatos
ocorridos, bem como também irá se articular para denunciar nos veículos de
comunicação e nas Casas Legislativas, como Câmara de Vereadores e Assembleia
Estadual, exibindo faixas e cartazes pedindo total solidariedade a todos os
profissionais em Educação.
Veja
abaixo a nota de agravo da escola Thales de Azevedo:
Com informações da pagina da APLB sindicato
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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