As
centrais sindicais se uniram para divulgar um manifesto nesta quinta-feira (28)
dando apoio à paralisação que os caminheiros dizem que vão fazer a partir do
dia 1° de novembro. As informações são do Folhapress.
O
texto, assinado por CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas e
outras entidades, afirma que a pauta dos motoristas tem repercussões do
interesse de todos os trabalhadores.
"A
inflação se expressa na alta dos preços da energia e dos combustíveis, que são
de responsabilidade do governo federal e, mais uma vez, nada faz. O impacto
sobre os preços promove a carestia, como no caso do botijão de gás, que custa
em torno de R$ 100. A inflação anual já beira os 10%", dizem as centrais.
Miguel
Torres, presidente da Força Sindical, diz que as centrais se reuniram com
representantes dos grupos de motoristas que aderiram à paralisação, e a ideia é
colaborar na divulgação e participar de atos com os caminhoneiros.
"Não
é só a questão do combustível. É a carestia que isso provoca nos itens de
primeira necessidade. Não adianta fazer as reivindicações sem tocar na política
de preços da Petrobras", afirmaTorres.
Segundo
Ricardo Patah, presidente da UGT, o objetivo não é reproduzir o caos que
aconteceu em 2018, mas os caminhoneiros precisam ser ouvidos.
"Estamos
falando de custo da gasolina, luz, tantas questões elevadas. Não podemos ficar
sem apoiar e valorizar uma categoria tão importante e tão sofrida, que
transporta alimentos e vida. São pessoas que merecem respeito. O que aconteceu
em 2018 nós queremos até esquecer, porque foi muito complicado. Não queremos
contribuir para o caos. É por respeito. Estamos em outro momento. O Brasil está
muito sofrido", diz Patah.
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), afirma que Bolsonaro está dizimando os caminhoneiros com a política de preços para os combustíveis. "A categoria não aguenta mais tanta mentira e traição?. Os caminhoneiros não querem esmola. Querem trabalhar", afirma o líder sindical.
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