EDITORIAL: PANDEMIA OU "MEA CULPA"? Evasão escolar causada pela pandemia poderia ter sido evitada caso o ensino remoto fosse implantado um mês após a pandemia e não ha mais de uma ano

Secretário de Educação da Bahia (SEC), Jerônimo Rodrigues
Da   Redação

É  certo que a pandemia contribui significativamente para a desandada na educação no Estado, mas também é sabido que a falta de ações efetivas por parte do governo do Estado em especial da secretaria de educação no enfrentamento do problema também foram fatores que contribuíram para o caos que se encontra a educação na Bahia . 

A demora em implementar o ensino remoto,  mais de 1 ano  após a pandemia, o que só foi feito esse ano de 2021, ao contrário de outros estado como Pernambuco que um mês de pandemia já havia implantado o ensino remoto no Estado.

Querer jogar a culpa pelo alto índice de evasão escolar, resultado da desmotivação e descrença nas ações do governo Rui Costa por parte  do alunado, é simplesmente não querer assumir a "Mea Culpa"  por tudo que está acontecendo na educação baiana. 

A estimativa da Secretaria de Educação da Bahia (SEC) de que o impacto da pandemia da Covid-19 em relação a evasão escolar vai chegar a 30% em alguns locais do estado é uma engodo, existem cidades baianas que  a evasão chega 50 a 60% do efetivo dos alunos, e se levar em consideração os do turno noturno esse percentual chega até 80%.

Tenta o secretario de educação Jerônimo Rodrigues argumentar e justificar o  retorno das aulas 100% presenciais nas unidades da rede, marcado para o dia 18 de outubro, próxima segunda-feira.  

O secretário da Educação destacou que os prejuízos de mais de um ano sem aulas presenciais e a implantação do modelo remoto sem a estrutura totalmente adequada vão reverberar em prejuízos que continuarão sendo sentidos em cinco e até dez anos, mais uma reiteramos:  resultado da fala de politicas publicas voltada o problema envolvendo a educação . 

Até que enfim, Jerônimo reconhece que há legitimidade dos professores em reivindicar as condições de trabalho e os riscos a eles e outros servidores, mas que há uma “responsabilidade maior” com os alunos que passaram meses sem aulas.

Na Bahia as aulas foram suspensas em março de 2020 e retomadas somente  mais de  um  ano  depois, em março deste ano, de modo 100% remoto, quando deveria já deveria ter sido implantada em abril do ano de 2020. . Em agosto a rede estadual de educação entrou na fase 2 de retomada da educação, com a adoção do ensino híbrido, até que na semana passada o governador Rui Costa anunciou que as aulas seriam retomadas de forma inteiramente presencial.

A decisão foi classificada pela entidade representativa dos professores, a APLB Sindicato, como “precipitada”. Na avaliação do diretor do sindicato, Rui Oliveira, o governador baiano está “totalmente equivocado” em tomar a decisão sem que a pandemia de Covid-19 esteja “completamente controlada”.

Em entrevista imprensa Jerônimo afirmou nesta quarta-feira (13) que está ciente da posição do sindicato porque tem acompanhado o tema nas redes sociais e na imprensa, mas ressalta que não houve, até o momento, uma reivindicação oficial da categoria. O secretário ainda acrescentou que a pasta está em diálogo com o sindicato o “suficiente para eles entenderem” a situação”.

A nossa preocupação maior é no sentido de cobrir o cuidado com a saúde, mas principalmente com a aprendizagem. Esse prejuízo com a pandemia vai nos custar um preço alto nos próximos cinco ou 10 anos. Em uma época normal, por exemplo, terminou o ano e naquele período de férias, de recesso do Natal, do Ano Novo, o retorno é sempre um prejuízo de evasão de 10% a 12%, com uma situação dessas com certeza ultrapassará 20% a 30%, em alguns lugares. Nós temos a responsabilidade e estamos num lugar que temos que tomar decisões”, argumentou Jerônimo.

 

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