Em
depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira, 7, a ex-estagiária do ministro
Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF), Tatiana Bressan, negou
que tenha vazado informações do gabinete. Ela foi apontada como informante do
blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, investigado no inquérito das
fake news.
O Estadão teve
acesso ao termo de depoimento em que a advogada, aluna do escritor ligado ao
bolsonarismo Olavo de Carvalho, também pede desculpas 'caso tenha magoado ou
ofendido' algum membro da equipe do ministro. Ela afirma que 'admira e respeita
diversas pessoas' que atuam no gabinete.
Aos
investigadores, Tatiana contou que começou a conversar com Allan dos Santos
pelo WhatsApp em outubro de 2018. Segundo ela, o contato foi feito para pedir
ajuda a conseguir um cargo no gabinete da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).
A advogada afirma que se apresentou como estagiária do ministro para
'demonstrar que estava atuante' e 'valorizar seu passe'.
Ainda
de acordo com as informações prestadas à Polícia Federal, Tatiana disse que
entendeu como uma 'brincadeira' o pedido do blogueiro bolsonarista para que
ficasse como 'informante' no gabinete de Lewandowski.
Em
conversa com Allan dos Santos, a advogada chegou a dizer que 'algumas decisões
são modificadas por que alguém importante liga pro ministro' e que Lewandowski
sempre atendeu prontamente o general Eduardo Villas-Bôas, ex-comandante do
Exército. Aos policiais federais, ela disse que as informações não foram
obtidas dentro do gabinete e sim na internet. "Por meio das redes sociais,
notícias das mídias, blogs de jornalistas, tudo saindo da internet",
afirmou. Ela também alegou que as declarações foram dadas para 'mostrar que
estava informada', o que poderia de alguma forma ajudá-la a trabalhar com a
deputada Bia Kicis.
Tatiana
também disse que esteve pessoalmente com Allan dos Santos em duas ocasiões: em
uma manifestação em Brasília no ano passado e em um evento do Aliança pelo
Brasil, projeto de partido político bolsonarista que nunca saiu do papel.
Mais
cedo, a advogada também foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedida
pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito
das fake news. Os investigadores apuram se há ligações entre a ex-estagiária do
STF e o gabinete do ódio.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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