Uma
ação imediata é necessária para responder à severa seca que devasta as
comunidades nas regiões áridas do Quênia. Segundo o Escritório de Assuntos
Humanitários da ONU (OCHA), 2,5 milhões de pessoas já experimentam uma profunda
insegurança alimentar depois que duas temporadas consecutivas de chuvas não
se confirmaram na região.
“As
pessoas na região estão enfrentando uma situação terrível”, disse Stephen
Jackson, coordenador residente da ONU para o Quênia, ao lançar um apelo
humanitário para a resposta à seca no Quênia.
Falando
de Nairóbi, Jackson disse que as pessoas em Wajir, no norte do Quênia, não
veem chuva há mais de um ano. As taxas de desnutrição aguda estão
aumentando rapidamente, representando um risco iminente para crianças e
mulheres grávidas e lactantes.
Muitos
rebanhos já morreram por causa da seca, e a situação
será pior se a chuva não vier em outubro. “Eu me encontrei com mulheres,
homens e crianças em Wajir, que me contaram como suas vidas estão sendo
afetadas pela seca. É imperativo agir agora”, disse ele.
O recurso
instantâneo contra a seca no Quênia pede quase US$ 139,5 milhões para
ajudar 1,3 milhão de pessoas cujas vidas foram as mais atingidas pela crise.
Estima-se que US$ 28,5 milhões já foram recebidos de doadores, incluindo US$ 5
milhões do Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas.
Desde
janeiro, a ONU e os parceiros internacionais já alcançaram quase meio milhão de
pessoas para proteger suas vidas e meios
de subsistência. “Mas não é o suficiente”, diz ele. “Nosso objetivo é
oferecer um pacote completo de suporte aos países que enfrentarão as
necessidades mais profundas e severas nos próximos meses”.
Jackson
destaca que nem o Quênia, nem o continente africano foram os principais
culpados na criação da emergência
climática, mas estão entre os mais afetados por ela. “Devemos fazer tudo o
que estiver ao nosso alcance, de imediato, para proteger a vida das pessoas já
afetadas por esta seca profunda e cruel”.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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