Da Redação
O
volume de "informações" de segunda mão e a falta de credibilidade em
tudo que publica têm causado grandes encrencas no país. Por exemplo: notícias e
discursos raivosos da parte de quem embarca nas bobagens propagadas.
"Por isso eu disse [ao presidente Bolsonaro] que é
fundamental que se busque as fontes primárias (...) para não criarmos uma
guerra (...) como falsos Quixotes que estão aí a ver dragões em moinhos de
vento". As palavras são do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro
Gilmar Mendes em entrevista à Folha de S.Paulo.
A
avaliação do ministro compreende notícias inventadas ou distorcidas de
intenções ou decisões do tribunal: "Supremo decidiu isso, aquilo e o
Supremo não decidiu nada", exemplifica. Mas, a partir dessas fantasias
cria-se uma caricatura do STF, disse o ministro — que não vê esse problema
apenas em relação a Bolsonaro, mas também na imprensa.
Gilmar
apoiou a nota do presidente da República abrindo-se ao diálogo,
depois do desastroso 7 de setembro — e fala de sua fé no entendimento. "Eu
sou um admirador da atividade política. Eu acredito nisso. Não acho que haja
solução fora da atividade política. Os operários da democracia são os
políticos", diz na entrevista, dando como exemplo o papel de amortecedor
desempenhado por Michel Temer. "Esse episódio (...) nessa questão da nota
(possibilita) entender o significado dos políticos."
Na
coleção de intrigas espalhadas, já chegou ao Planalto que o ministro Alexandre
de Moraes teria planos de prender Carlos Bolsonaro e o próprio presidente.
Contra o Supremo, os mexericos mais renitentes vêm dos tempos da "lava
jato" — quando se quis emparedar o tribunal para submetê-lo a Curitiba.
A
campanha de descrédito diminuiu com a instauração do inquérito para
responsabilizar os interessados em anular o papel do STF a golpes de notícias
fraudulentas. "Não fosse o inquérito das fake news" — disse Gilmar
Mendes — "nós, provavelmente, já teríamos derrapado para um modelo de
perfil muito autoritário, porque estávamos vivendo um quadro de crescente
crise, ameaça de invasão do próprio tribunal a partir de fundamentos
falsos".
Com informações da Revista Consultor Jurídico
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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