SEGURANÇA INTERNACIONAL: ONU nomeia novo chefe de investigação para apurar crimes cometidos pelo Estado Islâmico.

Militante do Estado Islâmico no Afeganistão (Foto: Reprodução/VOA)

Da   Redação

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, anunciou na terça-feira (7) a nomeação do alemão Christian Ritscher como chefe de um grupo incumbido de investigar crimes cometidos pelo Estado Islâmico (EI). O objetivo é “coletar, preservar e armazenar evidências no Iraque de atos que podem equivaler a crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio cometidos pelo grupo terrorista”, diz a entidade.

Ritscher assume o comando da Unitad (Equipe de Investigação das Nações Unidas para Promover a Responsabilidade por Crimes Cometidos pelo EI, da sigla em inglês) em substituição ao britânico Karim Asad Ahmad Khan, que foi o primeiro chefe do órgão e renunciou ao cargo em junho.

Anteriormente, o alemão atuou como Promotor de Justiça Federal em seu país e acumulou mais de 30 anos de experiência em processos e investigações criminais internacionais e nacionais. Ele liderou uma unidade na Alemanha de investigação de crimes de guerra que inclui processos contra supostos membros do EI por genocídio contra a comunidade Yazidi no Iraque, em 2014.

Por que isso importa?

O EI se enfraqueceu consideravelmente nos últimos meses, com direito a uma substancial perda financeira, segundo relatório do Conselho de Segurança da ONU. O documento afirma dois fatores como as causas: as operações antiterrorismo no mundo e a má gestão de fundos por parte do grupo. Ainda assim, os Estados-Membros do órgão estimam que o EI tenha “recursos significativos”, algo entre US$ 25 milhões e US$ 50 milhões.

Em meio ao prejuízo, o grupo tem aumentado sua influência em áreas conflituosas da África, com novas alianças e uma mudança de estratégia que têm assegurado um importante avanço no continente. A milícia tem se fortalecido especialmente na Nigéria, em Moçambique, na RD Congo e no Sahel africano.

Em áreas sem conflito, a pandemia também ajudou a enfraquecer o EI, devido as fatores como a redução do número de pessoas em áreas públicas. Mas o cenário já começa a mudar.

“À medida que as restrições relacionadas à pandemia diminuem gradualmente, há uma elevada ameaça de curto prazo de ataques inspirados no EI fora das zonas de conflito por atores solitários ou pequenos grupos que foram radicalizados, incitados, possivelmente online”, diz o documento da ONU.

Na visão dos Estados-Membros da ONU (Organização das Nações Unidas), o grupo extremista “continuará a priorizar o reagrupamento e a tentativa de ressurgir” em seus dois principais domínios. O grupo continua ativo em amplas áreas da Síria, a fim de recuperar sua capacidade de combate. No Iraque, o EI permanece sob constante pressão, mas realiza operações.

No Brasil

Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram.


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