Da Redação
O
Escritório de Direitos Humanos da ONU condenou as violações cometidas pelo
movimento Taleban durante
protestos no Afeganistão,
incluindo violência e uso de armas de fogo para dispersar manifestantes. As informações são do site de notícias internacionais A Referência.
Nesta sexta-feira (10), em Genebra, a porta-voz da ONU Ravina Shamdasani
explicou que o grupo emitiu uma nota proibindo protestos nas ruas. Ela revelou
ainda que o Taleban mandou as empresas de telecomunicações desligarem a
internet de celulares em áreas específicas de Cabul.
Shamdasani
lembrou que os afegãos estão nas ruas de forma pacífica, exigindo o respeito
aos seus direitos, como liberdade de movimento e os direitos ao trabalho, à
educação e à participação na política.
Por
isso, o Escritório da Alta Comissária de Direitos Humanos pede ao Taleban para
deixar de usar a violência e parar de prender, de forma arbitrária,
manifestantes e jornalistas que cobrem os protestos.
Segundo Ravina Shamdasani, na terça-feira (7), o Taleban atirou e matou dois
homens e feriu outras sete pessoas que participavam de uma manifestação em
Herat. No mesmo dia, na capital Cabul, o movimento teria agredido e prendido
várias mulheres e 15 jornalistas. No final de agosto, o jornalista Ziar
Khan Yaad foi agredido por militantes durante uma reportagem, uma
contradição do grupo extremista sobre o tratamento prometido a jornalistas e à
liberdade de imprensa.
O domínio do Taleban também já resultou no fechamento de
veículos de imprensa no Afeganistão.
Mortes
e agressões
A
porta-voz destaca, ainda, que, no dia 8 de setembro, quando um grupo de
mulheres fazia uma manifestação em Cabul, pelo menos cinco jornalistas
foram detidos e dois foram espancados, por várias horas. A tática do Taleban é
de dar tiros para o alto para dispersar manifestantes.
Entre os dias 15 e 19 de agosto, um homem e um menino foram mortos pelo Taleban
durante manifestações nas províncias de Nangarhar e Kunar.
A
porta-voz da alta comissária para os Direitos Humanos lembra que protestar, de
forma pacífica, é um ato protegido pela lei internacional de direitos humanos.
Por isso, as autoridades no Afeganistão precisam garantir um ambiente seguro
para a liberdade de expressão e de reunião pacífica.
Repúdio
australiano
O
conselho de críquete da Austrália ameaçou
nesta quinta-feira (9) cancelar uma partida-teste programada para novembro
contra a seleção masculina do Afeganistão caso Taleban proíba o esporte para as
mulheres no país, informou a rede alemã Deutsche
Welle.
Em
publicação no Twitter, a Cricket Australia (CA) disse que considera o
crescimento do críquete feminino globalmente “incrivelmente importante”.
“Nossa
visão para o críquete é que seja um esporte para todos e apoiamos o jogo de
forma inequívoca para as mulheres em todos os níveis”, tuitou o órgão em sua
conta oficial.No entanto, o vice-chefe da comissão cultural do Taleban,
Ahmadullah Wasiq, já acenou à mídia que essa concessão não deve acontecer.
“Não acho que as mulheres terão permissão para jogar críquete porque não é
necessário que elas joguem”, disse à emissora australiana SBS.
A partida-teste da Austrália contra o Afeganistão está marcada para 27 de
novembro em Hobart, capital da ilha australiana da Tasmânia.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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