Da Redação
A França anunciou nesta
quinta-feira (16) a morte de uma proeminente liderança do Estado
Islâmico no Grande Saara (EIGS), no norte da África, informou o jornal
britânico The
Guardian. A queda de Adnan Abu Walid al-Sahrawi foi celebrada como um
episódio bem-sucedido na luta contra grupos terroristas no Sahel africano.
No
Twitter, o presidente Emmanuel
Macron afirmou que o jihadista foi morto por
forças militares do país em uma “operação de sucesso”. Não há informações sobre
o local da morte.
Sahrawi
era o líder histórico do EIGS na região do Sahel, na África Ocidental. Ele
jurou lealdade à organização em 2015 e foi aceito como seu comandante nas
terras fronteiriças de Mali e Níger no ano seguinte. Em
agosto de 2020, o líder extremista foi responsável por ordenar pessoalmente a
morte de seis trabalhadores humanitários franceses e do motorista nigeriano que
os acompanhava.
O governo
da França destacou militares para o oeste do Sahel,
onde as forças lutam desde 2013 contra grupos jihadistas na conturbada região.
Agora, há um processo de redução
de tropas, por ordem do próprio presidente Macron, já que há um amplo
consenso de que a intervenção não estaria tendo êxito.
O
líder francês não deu mais detalhes em seu comunicado, embora tenha mencionado
as baixas francesas ocorridas durante a missão Barkhane nos últimos oito
anos.
“Nesta
noite, os pensamentos da nação estão com todos os seus heróis que morreram no
Sahel pela França. Com as famílias enlutadas, com todos os seus feridos. Seu
sacrifício não foi em vão. Com os nossos parceiros africanos, europeus e
americanos, continuaremos os nossos esforços nesta batalha”, disse Macron.
Retirada
militar
Macron
declarou recentemente que o envio de mais de 4 mil soldados franceses para o
Mali, em breve, sofreria acentuada redução, ao mesmo tempo em que os
remanescentes seriam integrados a uma missão internacional mais ampla. As
forças têm lutado para conter a expansão do território reivindicado por grupos
ligados ao EI e à Al-Qaeda.
O
Mali foi desestabilizado nos últimos meses pela turbulência política no país,
onde uma junta militar assumiu
o poder em maio na segunda mudança de governo ocorrida somente em
2021. A implantação tornou-se cada vez mais impopular na França e, com o
enfraquecimento das relações, os malianos estreitaram
laços com a Rússia.
A
morte de Sahrawi, se confirmada, será um golpe para o EI. Porém, ocorre em
um momento marcado por uma série de vitórias recentes significativas para os
afiliados locais da organização extremista e revigorado por uma mudança de
estratégia que reforçou sua posição em grande parte do continente.
Segundo
a reportagem, a tomada de poder no Afeganistão pelo Taleban é outro fator que
pode influenciar grupos islâmicos em todo o continente, particularmente os que
estão comprometidos com objetivos locais e atualmente evitam ataques de longo
alcance no oeste.
No
Brasil
Casos
mostram que o país é um “porto
seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do
site The
Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações
terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad
Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em
2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de
Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista,
coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em
2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF
prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados
semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao
Estado Islâmico foram presos e dois fugiram.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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