Soldados das forças de segurança do Afeganistão em ação contra o Taleban em agosto de 2021 (Foto: twitter.com/MoDAfghanistan)
Da RedaçãoCentenas
de combatentes do Taleban foram
mortos em diversas ações militares num período de 24 horas no Afeganistão. A
informação foi divulgada na segunda-feira (9) pelo Ministério da Defesa do
país, através do Twitter,
em sucessivos posts sobre operações empreendidas pelas forças de segurança
nacionais.
Um dos posts do Ministério exibe o vídeo de um ataque da força aérea afegã que teria eliminado 47 jihadistas, destruindo ainda dois esconderijo, um veículo e dois armamentos pesados usados pelo grupo.
#Kapisa_Province
— Zubair Awaam| زبیر عوام (@awaam_zubair) August 10, 2021
Last night Taliban conquerred strategic malitary base in Najrab District of Kapisa Province, called Tapa-e-Khaki and siezed 31 amored malitary vehicles (Tanks) 25 rangers and many more various types of arms and ammunitions.pic.twitter.com/i6qDOTbAR1
Um dos posts fala em 579 terroristas mortos nas províncias de Nangarhar, Khost, Logar, Paktia, Kandahar, Herat, Farah, Jowzjan, Samangan, Helmand, Takhar, Kunduz e Panjshir.
Entre os talibãs eliminados está Bashir Anas, chefe de ataques
suicidas e carros-bomba do grupo
terrorista. Ele foi alvo de operações aéreas na periferia da cidade de
Lashkargah, centro provincial de Helmand, que terminaram com a morte 63
terroristas, segundo o governo.
Avanço talibã
O anúncio
das operações militares foi feito no mesmo dia em que os talibãs assumiram o
controle de Aibak, na região norte do Afeganistão. Foi a sexta capital
provincial tomada pelo grupo extremista em quatro dias, informou uma fonte do
governo local.
Os
militantes do Taleban “estão no controle total”, disse o vice-governador
de Samangan (da qual Aibak é a capital), Sefatullah Samangani, de acordo com a Radio
Free Europe.
Com o
domínio de Aibak, os jihadistas já controlam seis capitais de província no
Afeganistão, em uma ofensiva devastadora que as forças afegãs parecem não ter
como responder. Até a residência do ministro de Defesa foi alvo
de um carro-bomba na semana passada, expondo a fragilidade militar do
país.
O momento
coincide com a retirada
das tropas dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico
Norte) iniciada em maio e que será concluída até o dia 11 de setembro.
Rumo aos grandes centros
Desde maio,
aproveitando a fase final da retirada das tropas estrangeiras, os talibãs
assumiram o controle de extensas áreas rurais do país. Agora, a organização tem
como meta tomar as grandes cidades.
O Taleban
também conquistou a maior parte de Lashkar Gah, capital da província de
Helmand, no sul, onde os extremistas tomaram nove dos dez distritos policiais
da cidade só na semana passada. Os confrontos seguem intensos, assim como os
ataques aéreos dos EUA e do governo afegão.
Muitos
civis vêm sendo vitimas no confronto. O Unicef (Fundo
das Nações Unidas para a Infância) emitiu nota nesta segunda-feira (9)
informando que pelo menos 27 crianças foram mortas e 136 feridas em três
províncias do Afeganistão nos últimos três dias em meio à escalada da violência.
No Brasil
Casos
mostram que o Brasil é um “porto
seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The
Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações
terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad
Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001,
uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de
Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista,
coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas
semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF
prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados
semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao
Estado Islâmico foram presos e dois fugiram.
Para ler
mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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