Da Redação
A Justiça da Rússia aplicou nos
últimos dias duas novas multas no Google, sob a acusação de violação das regras
nacionais de conteúdo
digital. A ação é parte do projeto do Kremlin de forçar as empresas
estrangeiras a abrirem filiais locais e, assim, armazenarem ali os dados dos
usuários russos. As informações são da Radio
Free Europe.
As multas foram aplicadas por
um tribunal do distrito de Taganka, em Moscou: a primeira, no valor de US$ 190
mil (R$ 1,03 milhão); a segunda, de US$ 81 mil (R$ 439,5 mil). Nos dois casos,
a Justiça acusa o Google de não obedecer a determinações legais de excluir
conteúdo banido pelo governo. Twitter e Telegram haviam sido alvo da mesma
corte recentemente.
Para os oposicionistas,
a pressão que o Kremlin impõe atualmente contra as empresas estrangeiras de
tecnologia está diretamente relacionada às eleições parlamentares de setembro,
em meio à queda da popularidade do partido do presidente Vladimir Putin.
O governo, por sua vezes,
afirma que apertou o cerco contra as gigantes da tecnologia a fim de fortalecer
o que classifica como “soberania” nacional russa na internet.
Em maio, o próprio Google,
mais Tik Tok e Twitter, foram multados por desobedecerem ordens legais de
exclusão de conteúdo. A pena
mais severa foi imposta ao Twitter, no valor de US$ 260 mil à época. O
Tik Tok também foi alvo, com multa de US$ 20,4 mil, enquanto ao Google coube a taxa de US$ 47,7 mil.
O Google ainda travou uma
batalha judicial depois de ter sido ordenado a reativar uma conta no Youtube. O
canal em questão pertence a um empresário russo cristão ortodoxo que
está sob sanção econômica dos EUA e da União Europeia (UE).
Rede de desinformação
Há duas semanas, o Facebook derrubou
de suas plataformas uma rede de desinformação sobre vacinas que vinha atuando de
forma organizada na Rússia,
com intuito de espalhar notícias falsas em diversas partes do mundo, inclusive
o Brasil.
A empresa fechou 65 contas do
Facebook e 243 contas do Instagram ligadas ao grupo de marketing Fazze,
que buscava recrutar influenciadores para endossar uma campanha contra os
imunizantes Pfizer e Astrazeneca.
As informações foram reveladas
no Relatório de Comportamento Inautêntico Coordenado (CIB, na sigla em inglês),
documento publicado mensalmente pela rede social norte-americana.
Os
investigadores chamaram de “lavanderia automática de desinformação” as contas
conectadas à Fazze, que opera principalmente na Rússia e é uma subsidiária da
empresa de marketing registrada no Reino Unido AdNow.
“A
Fazze agora está banida de nossa plataforma”, disse o relatório que legitimou
as ações do gigante da mídia social contra o comportamento inautêntico. E
acrescentou: “A rede estava usando sua influência principalmente para divulgar
mensagens antivacina dirigidas a públicos na Índia, América Latina e, em menor
grau, nos Estados Unidos”.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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