Da Redação
Com
um papel relevante na alimentação da população brasileira, o feijão é um dos
produtos agrícolas de maior importância socioeconômica por conta da mão de obra
empregada durante o ciclo da cultura do grão até a comercialização.
Prova
de que o produto tem relevância para o País é que, somente de janeiro a junho
deste ano, o Brasil exportou 51,41 mil toneladas de feijão, volume 15,51%
superior à média do mesmo período nas últimas cinco safras. Os dados, do
boletim AgroConab, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), demonstram a
importante participação do item na economia brasileira.
Em
Pernambuco, apesar de não ser uma referência na produção do feijão, o
desempenho é visto como positivo segundo dados do Instituto Agronômico de
Pernambuco (IPA). No estado, o principal plantio é do feijão comum e do
feijão-caupi.
O
comum, também chamado de feijão de arranca tem seu cultivo feito no Agreste
Meridional, Sertão do Araripe e Sertão irrigado. Já o feijão-caupi é cultivado
em todas as regiões do estado, especialmente no Sertão e Zona da Mata.
O
feijão-caupi ocupa uma área de 160 mil hectares, com uma produtividade de cerca
de 400 quilos por hectare, e uma produção anual de 64 mil toneladas, como
projetado para este ano. No ano passado, com a pandemia da Covid-19 mais forte,
apenas 140 mil hectares foram plantados, resultando em uma produção de 56 mil
toneladas.
No
caso do feijão comum, envolvendo o Carioca, Preto, Mulatinho e outras cores ou
tipos, é cultivado em cerca de 120 mil hectares, com produtividade de 600
quilos por hectare. No último ano, o plantio foi de 80 mil hectares.
Segundo
o pesquisador do IPA, Antônio Félix, para projetar a produção do feijão
estadual neste ano é preciso levar em conta as condições climáticas. “Devemos
levar em consideração que neste ano as chuvas foram poucas em todo o período de
produção, acarretando em uma diminuição da previsão de colheita. Nossa
produtividade poderia ser aumentada se houvesse uma assistência técnica para
todo produtor, que orientasse para usar os padrões técnicos mais próximos da
realidade”, disse.
Félix
destaca ainda a qualidade do produto colhido em Pernambuco. “Vale a pena
procurar o feijão pernambucano, por ser feito por uma agricultura familiar, uma
família pequena que usa menos produtos químicos, tem uma produção próxima da
ecológica, é muito bom, com uma excelente qualidade”, contou.
Uma
das produtoras de feijão no Estado é a agricultora Patrícia Moreira, que planta
feijão preto para consumo familiar e feijão carioca, oriundo do Instituto
Agronômico de Pernambuco, para comercialização. Segundo ela, a plantação
permite um bom sustento familiar durante o ano, e é uma boa fonte de renda no
Sítio Lagoa Grande, no município de São João, no Agreste pernambucano.
“Temos
uma plantação de seis hectares que é para nossa alimentação e nossa produção
comercial. Para nós agricultores é muito importante o plantio por ser uma fonte
de renda. Com a colheita, temos uma renda a mais e isso nos ajuda bastante”,
declarou.
A produtora afirma ainda que nos anos com boas chuvas, a produção consegue ter um melhor retorno financeiro. “A gente passa o ano no planejamento e executamos a colheita. Quando a chuva vem na época boa, o resultado é melhor, mas quando não vem ainda assim conseguimos tirar uma boa renda. É muito positiva pra nós essa plantação e gera uma boa fonte de renda”, finaliza Patrícia.
Com informações da Folha de Pernambuco .
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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