AFEGANISTÃO: Após passar imagem menos radical , Talibâ volta a agir com violência e atrocidades e matam a tiros parente de jornalista que trabalhava para a Deutsche Welle (DW). "não haverá democracia" no país. "A lei é a Sharia e é isso". Afirma líder extremista.

Combatentes do Talibã patrulham o bairro de Wazir Akbar Khan, em Cabul, capital do Afeganistão, em 18 de agosto de 2021 — Foto: Rahmat Gul/AP

Da   Redação

Talibãs mataram a tiros o parente de um jornalista que trabalhava para a Deutsche Welle (DW) no Afeganistão e era procurado pelos militantes, informou o canal público de televisão alemão nesta sexta-feira (20). As informações são do G1.

Um outro familiar do jornalista, que não teve a identidade revelada e atualmente trabalha na Alemanha, ficou gravemente ferido. Vários parentes conseguiram fugir enquanto os talibãs seguiam de porta em porta. A DW não informou a nacionalidade das vítimas.

Alguns jornalistas afegãos dizem que foram espancados e tiveram suas casas invadidas desde que o Talibã tomou a capital Cabul, no domingo (15), e voltou ao poder após 20 anos. A DW diz que os talibãs foram às residências de pelo menos três jornalistas da emissora

Apesar da tentativa inicial do Talibã de tentar passar uma imagem menos radical, militantes do grupo extremista têm intensificando a busca por pessoas casa a casa, aponta documento confidencial da ONU (Organização das Nações Unidas).

Os alvos são pessoas que os talibãs acreditam ter trabalhado para forças de segurança dos Estados Unidos e da Otan e entidades internacionais, segundo o relatório de inteligência da ONU.

O documento relata ameaças de matar ou prender familiares caso os alvos não sejam encontrados, exatamente como ocorreu com o parente do jornalista, o que contradiz frontalmente as garantias públicas do grupo extremista.

O Talibã havia dito na terça-feira (17), em sua primeira entrevista coletiva, que permitiria o trabalho da imprensa e que mulheres poderiam trabalhar, ao contrário do que ocorreu quando o grupo esteve no poder, entre 1996 e 2001.

Na época, o grupo adotou uma visão extremamente rigorosa da lei islâmica (a Sharia), impondo restrições sobretudo às mulheres, que eram impedidas de trabalhar e estudar. As visões islâmicas ultraconservadoras incluíam também apedrejamentos, amputações e execuções públicas.

O Talibã declarou na quinta-feira (19) que o país passou a se chamar Emirado Islâmico do Afeganistão, o mesmo adotado em 1996, e Waheedullah Hashimi, um dos principais comandantes do grupo, afirmou que "não haverá democracia" no país. "A lei é a Sharia e é isso".

 

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