Xi
Jinping, presidente da China: vigilância dos cidadãos chineses ultrapassa as
fronteiras do país (Foto: Divulgação/Kremlin)
Da Redação
Deixar
a China não é o
suficiente para escapar das garras do governo Xi Jinping. Um relatório da
organização Human
Rigts Watch (HRW) aponta que estudantes chineses na Austrália têm sido
vítimas de assédio e intimidação por parte de Beijing por emitirem opiniões
críticas ao Partido
Comunista Chinês (PCC) ou a favor da democracia. As informações são do site de notícias internacionais A Referência.
“Os
gestores de universidades australianas têm falhado em seu dever de zelar pelos
direitos dos estudantes da China ”, disse Sophie McNeill, pesquisadora
australiana da HRW e autora do relatório. “As universidades contam com as taxas
pagas pelos estudantes, mas fecham os olhos para o assédio e a vigilância por
parte do governo chinês”.
O
procedimento é quase sempre o mesmo. Após detectarem manifestações de crítica
ao governo ao apreço à democracia, as forças de segurança visitam parentes dos
alunos na China para tratar da situação. Um aluno conta que foi ameaçado de
prisão se não desativasse sua conta
no Twitter. Outro, que falou diante de seus colegas sobre sua admiração
pelos governos democráticos, teve o passaporte confiscado quando retornou à
China.
O
maior temor dos estudantes entrevistados é de que suas ações no exterior gerem
perseguição a seus familiares na China. Com isso, muitos optam por se
autocensurar. “Esta é a realidade. Eu vim para a Austrália e ainda não sou
livre. Eu nunca falo sobre política aqui”, disse um aluno entrevistado pela
HRW.
Segundo
McNeill, os alunos não se sentem seguros sequer para reportar os incidentes às
universidades: “Eles acreditam que suas universidades se preocupam mais em
manter relações com o governo chinês”.
Por
vezes, a intimidação nem parte do governo, e sim de outros estudantes
pró-Beijing. Em 2020, um universitário foi perseguido por ter tratado Taiwan como
um país, e não um território chinês, e por ter defendido um estudante taiwanês.
Assuntos como Taiwan, Hong Kong, Tibete e Xinjiang são
tabus para os estudantes chineses na Austrália, pois podem gerar perseguição
inclusive dos próprios colegas.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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