O dia 1º de julho é habitualmente de protestos em Hong Kong. Além de marcar a fundação do Partido Comunista Chinês (PCC), que neste ano completou cem anos, a data remete à mudança do controle da ilha dos britânicos para os chineses, em 1997. Pelo segundo ano consecutivo, em 2021 as manifestações contrárias ao domínio de Beijing sobre Hong Kong foram reprimidas pela polícia, que foi às ruas e sequer permitiu que os manifestantes se reunissem.
Para
evitar os habituais protestos, a polícia de Hong Kong focou em áreas onde
habitualmente ocorrem as maiores concentrações de gente. O principal deles é o
Parque Victoria, que foi bloqueado pelas autoridades. As grandes
manifestações de outros anos, então, deram lugar a protestos reduzidos
e descentralizados, de acordo com o site New Bloom.
Um
grupo de jovens autodenominado Student Politicism (Politicismo
Estudantil, em tradução literal) tentou distribuir panfletos, mas quatro dos
membros foram presos pela polícia. A polícia revistou todo mundo que tentava
entrar no distrito de Causeway Bay, que concentra shopping centers, lojas de
marcas famosas e é considerado um dos pontos com valor de aluguel mais caro do
mundo, ao lado da Quinta Avenida de Nova Iorque.
Enquanto
a polícia focava apenas nos manifestantes contrários à China, grupos que apoiam
o governo chinês foram vistos circulando livremente com bandeiras do PCC e
cantando músicas de apoio ao regime de Xi Jinping. Segundo a rede
norte-americana de comunicação Radio
Free Asia, uma manifestante habitual, Alexandra Wong, foi detida
pelos policiais quando erguia uma bandeira britânica.
Lei
de segurança nacional
A
lei de segurança nacional de Hong Kong classifica e criminaliza qualquer
tentativa de “intervir” nos assuntos locais como “subversão, secessão,
terrorismo e conluio”. Infrações graves podem levar à prisão
perpétua.
O
dispositivo veio na esteira de uma série de protestos contra o aumento do domínio
de Beijing sobre Hong Kong. Após a transferência do território dos
britânicos para a China, em 1997, a cidade operou sobre um sistema mais
autônomo e diferente do restante do país.
Beijing
acusa o magnata
Jimmy Lai de liderar esses movimentos. Ele é dono da empresa Next
Digital, da qual faz parte o jornal Apple Daily. O periódico teve que encerrar as
atividades em meio à repressão de Beijing, que conseguiu sufocar
financeiramente o jornal.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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