A
área de Recursos Humanos, conhecida também como RH, é responsável pela gestão
dos colaboradores dentro das empresas: seja executando as tarefas burocráticas
da área – como o cálculo de horas extras – ou realizando tarefas estratégicas –
como o gerenciamento do clima, motivação dos funcionários, treinamentos
necessários, etc.
Cuidar
das pessoas. Este é o papel primário de um setor de Recursos Humanos (RH).
Primário porque antes de tudo ele é o negócio e propósito da
empresa, englobando um universo de responsabilidades que vai muito
além do que apenas recrutar, treinar e calcular as folhas de pagamento. E, como
negócio, o RH é o alicerce para o desenvolvimento das pessoas e da
própria organização, através do alinhamento de propósito e das práticas de
gestão que sustentam esse elo.
Por
isso, muito antes de entendermos sobre seus conceitos, responsabilidades,
desafios e tendências, precisamos estar cientes do papel de protagonista
que o RH tem, e precisa ocupar, para toda empresa e da intermediação que
representa entre colaboradores e gestão como um todo, tornando-se assim,
verdadeiramente estratégico.
Neste
contexto, o RH pode e deve ser considerado um dos mais importantes pilares
de uma organização. É por meio do trabalho dos profissionais dessa área
que se torna possível traçar ações alinhadas ao negócio e às estratégias
da empresa, reter talentos, treinar e desenvolver especialistas
nas mais diversas áreas e manter a empresa competitiva no mundo
corporativo.
Diante
de tamanha importância, é necessário entender, afinal, quais são os processos
que o RH desenvolve; quais são os conhecimentos necessários para integrar uma
equipe de Recursos Humanos; quais são os erros processuais que podem ser
evitados; quais são as tendências e os desafios para a área e profissionais de
RH; e muito mais! Para te ajudar nisso, nós, da Metadados — empresa que
desenvolve Sistema de
RH — reunimos tudo que você precisa saber sobre o assunto e a gestão
de RH. Continue acompanhando:
O
que é Recursos Humanos?
O
conceito de Recursos Humanos surgiu da necessidade de zelar pela mão de obra de
uma organização. De forma geral, os recursos humanos precisavam ser
desenvolvidos para que a empresa pudesse se manter viva em meio à revolução
industrial. Desde então, a área de Recursos Humanos se tornou responsável por
cuidar do bem mais valioso das empresas: as pessoas. Além disso, o RH precisou
fazer a interlocução entre os interesses das empresas e dos colaboradores,
exercendo um papel que até os dias de hoje permanece.
Ao
longo dos anos, o setor de Recursos Humanos passou por diversas mudanças,
decorrentes das próprias alterações do mundo do trabalho, da tecnologia, do
aumento da concorrência, dentre outros fatores. Percebeu a necessidade de
especializações como a psicologia, capaz de identificar fatores
necessários para o bem-estar do colaborador, fundamentais para a
satisfação e aumento da produtividade. Além disso, a Pirâmide de Maslow surge
para expor novas expectativas, em que a área de RH continua buscando os
resultados, mas mantém a atenção no desenvolvimento das pessoas.
Com
a chegada das leis
trabalhistas e consequente mudança nas relações de trabalho, o RH
ganhou novas responsabilidades e o olhar para o colaborador como parte
importante para o patrimônio da empresa é estabelecido.
Hoje,
podemos considerar a Gestão de Recursos Humanos, Administração de Recursos
Humanos ou Gestão de Pessoas, como um conjunto de conhecimentos e práticas
administrativas especializadas no gerenciamento das relações entre empresas e
pessoas, que tem o objetivo de melhorar a satisfação das pessoas envolvidas ao
mesmo tempo em que o foco é atingir as metas da organização.
E,
como Recursos Humanos, todas as pessoas que integram uma organização e que
desenvolvem seu trabalho para gerar lucros à empresa.
O
que faz a área de RH?
O
RH é o coração de uma empresa porque a faz pulsar. Por isso, realiza diversas
tarefas que impactam em todos os setores da corporação. Dentre elas, as que
ainda ganham maior relevância são as que englobam as legislações
trabalhistas. O motivo é claro: a responsabilidade do profissional de RH em
entregar as obrigações — como RAIS, CAGED, eSocial, FGTS,
entre outras, — com exatidão e dentro do prazo é enorme.
Entretanto,
as funções do RH, além do cumprimento da legislação, variam de acordo com a
estratégia e a cultura da empresa. De maneira global, podemos destacar
algumas atividades que os Recursos Humanos, normalmente, assumem:
E muito mais!
Como
a a área de Recursos Humanos se divide?
Neste
cenário, a maioria dos setores de RH dividem suas responsabilidades por equipes
e tarefas. Normalmente, a divisão é:
Processos
de Administração de Pessoal
Esta
equipe é responsável por todos processos administrativos, como conferência do
ponto eletrônico, compra, controle e gerenciamento de benefícios, cálculo e
obrigações legais da folha de pagamento, eSocial, GFIP, CAGED, RAIS, CAT, CTPS,
PPP, DIRF, DCTFWeb, GRF, GRRFGTS, GPS, entre outros.
Processos
de Gestão de Pessoas
Já
a equipe que controla os processos de Gestão de Pessoas é responsável pelo
treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho, pesquisa de clima
organizacional, etc.
Processos
de Recrutamento
Há
empresas em que o processo de recrutamento e seleção é separado dos processos
de gestão de pessoas, pois acreditam que a atividade precisa de um profissional
específico para a função e ele não precisará se ausentar de outras tarefas para
executá-la. Porém, como citamos anteriormente, cada corporação organiza a área
da maneira que for mais conveniente. Estes são apenas modelos comuns.
Processos
de Saúde e Segurança do Trabalho
Os
processos de Saúde e Segurança do Trabalho também podem integrar a área de RH.
Seus processos, na maioria dos casos, precisam de profissionais específicos,
contudo, em empresas menores é comum que as atividades sejam de
responsabilidade do RH. Já empresas mais estruturadas, os profissionais de SST
podem atuar nesta área dentro do RH ou ter um setor paralelo. Tudo varia de
acordo com a cultura e a própria estrutura de cada empresa.
O
que faz o profissionais de Recursos Humanos?
Para
que sejam capazes de realizar processos tão complexos, os profissionais de
Recursos Humanos precisam ter habilidades específicas (Skills), afinal, eles
estão diretamente relacionados com os resultados que o RH produz. E, além
disso, o desempenho a equipe também influencia em como o RH é visto pelos
demais profissionais da empresa, ou seja, quanto mais eficiente for a equipe,
mais reconhecido o trabalho da área será.
Confira
alguns conhecimentos e habilidades que os profissionais de Recursos Humanos
precisam ter
Competências
técnicas ou hard skills:
São
os conhecimentos adquiridos em cursos e especializações. Eles são
indispensáveis para que a pessoa possa compreender a melhor maneira de
trabalhar e atingir os resultados traçados. Podemos considerar como hard
skills importantes para o RH: formação em Recursos Humanos,
Administração, Direito, Serviço Social, Psicologia, Ciências Contábeis,
Ciências Econômicas, Gestão de Negócios; especialização em alguma das
áreas de RH; treinamentos de recrutamento e seleção; familiaridade com
ferramentas tecnológicas como Sistema de RH, softwares, estratégia de negócios,
negociação, planejamento estratégico, entre outros;
Competências
emocionais ou soft skills:
Softs
skills e hard skills devem estar alinhados, isto é, tanto os
conhecimentos técnicos quanto comportamentais e emocionais precisam conversar
entre si e compor um profissional qualificado.
Ainda
que possam ser desenvolvidas, as competências emocionais (soft skills) são
intrínsecas à personalidade de um profissional. Assim, podemos citar algumas:
resiliência, criatividade, foco em resultados, relacionamento interpessoal,
visão estratégica, visão sistêmica, boa comunicação; habilidade de trabalhar
com equipes distintas; flexibilidade; empatia; liderança; conhecimento
tecnológico; agilidade; entre outros.
RH:
a evolução entre o passado e o presente
Se
pudéssemos comparar o RH do passado com o RH do presente,
poderíamos afirmar que a visão da área é totalmente diferente. Antes, os
profissionais precisavam apenas seguir as obrigações trabalhistas e
realizar os processos operacionais (folha de pagamento, controle do
ponto, recrutamento, férias, benefício, etc.), o que deixava o setor engessado e sem
voz ativa dentro dos processos estratégicos da organização. Talvez, por isso,
muitos ainda confundem Recursos
Humanos com Departamento Pessoal.
Na
época, mensurar indicadores de RH era uma tarefa impensável. Os
profissionais, por mais dedicados que fossem, não tinham liberdade para propor
melhorias e, os erros por manter controles paralelos e em planilhas, eram muito
comuns. Isso tudo tornava o RH uma área custosa, em que a credibilidade era
posta em risco.
Atualmente,
o RH está se tornando uma referência. Por meio de Sistemas de RH desenvolvidos
para auxiliar na execução dos processos operacionais, os profissionais têm
mais tempo para exercer funções estratégicas, mensurar os indicadores de RH,
propor ações de melhorias e ajudar na tomada de decisões.
Contudo, nem
todas as empresas já se adaptaram ao presente, isto é, muitas ainda vivem em um
modelo de gestão de RH mais engessado, o que as fazem manter processos mais
operacionais e se tornam mais suscetíveis às mudanças do mercado
corporativo. Se sua empresa se encaixa mais na perspectiva do passado,
atenção! É hora de repensar seu RH. Mas, e o RH do futuro? Sobre
isso falamos nos a seguir. Continue acompanhando!
Quais
os desafios do RH?
Cada
vez mais dinâmico, o mercado de trabalho se mostra desafiador a todos os
profissionais e com o RH não seria diferente. As transformações digitais, a
velocidade que elas acontecem e as mudanças na legislação são grandes desafios
para a área. Por isso, é importante que o profissional vislumbre o horizonte e
identifique desafios que possa vir a enfrentar. Para facilitar, reunimos alguns
que consideramos merecerem atenção:
Desenvolvimento
de líderes:
Ter
sucesso no desenvolvimento de líderes internos já é um desafio do presente. É
preciso ter a sensibilidade de identificar profissionais com esta aptidão e
perfil de liderança para que sejam capacitados para dar continuidade às ações
da empresa. Além disso, é preciso que sejam capazes de aliar competências técnicas
e comportamentais.
Retenção
de talentos:
Um
dos maiores desafios do RH, junto à gestão da empresa, é continuar retendo seus
talentos. Isso porque é uma tarefa que depende de muitos fatores e exige um
planejamento sólido, alinhado à estratégia da empresa. O desafio, portanto,
pode iniciar já no processo de recrutamento e seleção. Afinal, os perfis — dos
profissionais e do mercado — evoluíram, fazendo com que as necessidades e as
motivações que os mantêm na empresa também evoluam constantemente.
Além
disso, questões como a cultura organizacional e a ascensão de trabalhos não tão
tradicionais tendem a dificultar o trabalho do RH em reter seus talentos,
tornando-se mais um desafio da área.
Choque
de gerações:
Com
pensamentos e características muito diferentes, profissionais de diversas
gerações precisam trabalhar juntos, tornando o choque de gerações um desafio
inevitável. É comum. Toda empresa tem colaboradores de idades diferentes e
sempre terá. Neste sentido, além das idades distintas, os momentos de vida —
pessoal e profissional — de cada colaborador também é diferente, o que desafia
o RH a criar estratégias em que todos se sintam verdadeiramente incluídos, isto
é, podendo contribuir com as suas habilidades e experiências diversas. E assim,
sendo recompensados adequadamente. Um exemplo são os benefícios flexíveis.
Assim,
o RH precisa incentivar a construção de diálogos e momentos de interação,
podendo diminuir os riscos destes choques de gerações.
Cultura
colaborativa:
Estimular
o trabalho coletivo e a autonomia das equipes é outro desafio que o RH já está
enfrentando, principalmente aqueles que trabalham em empresas mais
conservadoras. Por isso, apoiar as mudanças culturais, buscando o
desenvolvimento de equipes, trabalhando em uma cultura menos engessada e
burocrática, com menos poderes hierárquicos é um grande trabalho que deve
começar a ser desenvolvido pelo RH.
Gestão
horizontal:
Assim
como a cultura colaborativa, a gestão horizontal depende de uma modernização
cultural, afinal, empresas com culturas mais rígidas dão pouco espaço para
mudanças. Por isso, é papel o RH encarar este desafio de frente, preparando a
gestão para esta nova realidade, bem como os colaboradores para que sejam
capazes de passar confiança e capacidade de autonomia.
Entregas
e não presença:
Uma
tendência muito grande é a flexibilidade do horário de trabalho e locais para a
realização do trabalho, isto é, para algumas atividades não é necessário a
presença física do colaborador na empresa. Ele pode executar suas tarefas de
outros locais, pois o que importa são as entregas de seus trabalhos e não sua
presença.
Neste
cenário, o homeoffice também entra e deve seguir a legislação trazida
pela reforma
trabalhista. O desafio do RH é, portanto, preparar gestores,
diretores e colaboradores para esta nova perspectiva, além de criar equipes
autônomas, multidisciplinares e maduras para que sejam capazes de realizar as
entregas.
Erros
comuns que o RH pode evitar
As
atividades dos profissionais de Recursos Humanos são complexas, isso não
podemos negar. São muitas variáveis, legislações e detalhes que podem mudar de
um colaborador para outro. Por isso, cada processo é único e exige muita
atenção e conhecimento do profissional que o executa.
Dentre
todos esses processos, muitos já foram automatizados,
o que facilita o trabalho e a exatidão. Automatizar é a solução para muitos
erros comuns de processos que o RH normalmente apresenta. Veja alguns deles:
Controle
em planilhas:
Certamente,
o controle em planilhas é um dos processos mais comuns nos setores de RH. Elas
são usadas para controle de benefícios, de indicadores, para treinamentos,
avaliações de desempenho, entre outros. Contudo, as planilhas são
recursos estáticos, não cruzam dados e não indicam erros, além de se tornarem
defasadas em pouco tempo e poderem conter muitos erros de digitação — um número
apenas é o suficiente para efeitos irreparáveis.
Ter
todos os dados em um sistema, torna o processo muito mais seguro. Só assim é
possível ter controle total das informações, visualizá-las em poucas telas e a
certeza de que não houve equívocos.
Centralização
das informações:
Centralizar
a informação em apenas um profissional da área é um erro comum do RH e que
somente a automação é capaz de resolver. Essa centralização ocorre porque o
processo está em um único local, impossibilitando que os demais colegas tenham
acesso a eles. Tal centralização dificulta que informações importantes sejam
observadas pela própria equipe ou até pela gestão.
A
automação permite que essa informação ou dado fique disponível a todos que
tenham acesso ao sistema, inclusive por permissões por níveis, se for o desejo
da gestão. Além disso, as consultas ou movimentações podem ser realizadas de
outros locais e não somente no setor (em caso de viagens, por exemplo).
Dificuldade
em gerar indicadores e relatórios:
Quando
o controle dos dados é realizado em planilhas, a geração de indicadores exatos
e relatórios personalizados é praticamente impossível, mesmo com o esforço
diário de muitos profissionais para que isso ocorra. No caso dos indicadores,
por exemplo, o dado que será apresentado já não será o dado de hoje, atual,
afinal as informações que são observadas na planilha já estão obsoletas.
Por
meio da automação desses processos, é possível obter os indicadores reais no
momento exato em que eles acontecem e gerar relatórios que cruzam dados e
apresentam uma visualização dinâmica e não estática como normalmente acontece.
Dessa forma, é possível ter maior êxito na apresentação de propostas e tomadas
de decisão.
Não
utilizar a tecnologia a seu favor
É
comum que os profissionais resistentes à tecnologia encontrem nela um
obstáculo, mas é um erro muito comum não utilizá-la a seu favor. Os avanços
tecnológicos chegaram para modernizar as tarefas manuais e desburocratizar
processos, facilitando o dia a dia dos profissionais, inclusive do RH.
Diversos
processos do RH são qualificados com o apoio da tecnologia, desde o
recrutamento, até mesmo o de desligamento. É preciso evitar este erro e tornar
a tecnologia uma aliada.
Vantagens
de ter um RH estruturado
Já
foi possível perceber a importância estratégica que o RH tem para as empresas,
não é mesmo? Por ser o coração da empresa e um dos principais pilares do
negócio, o RH precisa estar muito bem estruturado, isto é, contar com
profissionais qualificados, ter o apoio da gestão e estar munido de ferramentas
tecnológicas apropriadas para o desenvolvimento de suas atividades.
Dessa
maneira, a empresa tem diversas vantagens e se destaca no quesito
competitividade, confira algumas delas:
Visão
sistêmica sobre o negócio, permitindo melhor atuação no mercado;
Seleção
de colaboradores mais assertiva, alinhada à cultura organizacional;
Maior
retenção, refle em menor rotatividade e menos custos à empresa;
Gestão
de cargos e salários que auxiliam na estimativa de futuros investimentos;
Informações
exatas para as tomadas de decisão;
E
muito mais!
Tendências
para o RH
O
mercado corporativo mudou muito. Por consequência, as empresas, seus setores e
profissionais também mudaram. Com o RH não foi diferente. Antes, totalmente operacional
e burocrático, se tornou um setor
estratégico, digital e fundamental para as decisões da empresa.
Para
o futuro, as tendências continuam
impactando no RH, que deverá passar por mais mudanças. O RH 4.0 é já
uma realidade em muitas empresas, assim como a utilização de people
analytics em indicadores de RH.
A tecnologia
a favor do RH é grande trunfo das empresas. Por meio das novas soluções, o RH
estará ainda mais inteligente, traçando estratégias a curto e longo prazo que
devem trazer resultados surpreendentes. Neste cenário, todos os processos da
área são afetados, inclusive os que cuidam dos colaboradores, agentes de
transformação de todas as corporações.
A inteligência
artificial, a gamificação e realidade virtual são
tendências que já estão chegando no RH. As contratações, certamente serão mais
pelas competências do que pelas técnicas, o que nos diz muita
coisa.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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