Por: Taciano Medrado
A pandemia não impediu que o número de refugiados e deslocados globalmente se intensificasse, aponta um relatório lançado pela Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados) nesta nesta sexta (18). Só no ano passado, as pessoas em deslocamento e em busca de refúgio cresceram para 82,4 milhões, um número recorde. As informações são do site de notícias internacionais A Referência.
O
ano de 2020 foi o 9º com aumento ininterrupto de deslocamento
forçado em todo o mundo. Pelo menos 1% da humanidade está deslocada e
há duas vezes mais pessoas em trânsito que havia em 2011.
Mais
de dois terços de todas as pessoas que fugiram para o exterior vieram de apenas
cinco países: Síria (6,7
milhões), Venezuela (4
milhões), Afeganistão (2,6
milhões), Sudão do
Sul (2,2 milhões) e Mianmar (1,1
milhão). Em comum, todos vivem algum tipo de conflito armado ou efervescência
política.
Até
o final de 2020, havia 20,7 milhões de refugiados sob a
tutela da Acnur, incluindo 5,7 milhões de palestinos e 3,9
milhões de venezuelanos. Outros 48 milhões estão em deslocamento
interno, e 4,1 milhões são requerentes de asilo.
O
deslocamento interno também foi proeminente em 2020. Impulsionado por crises
em Etiópia, Sudão,
países do Sahel, Moçambique,
Iêmen, Afeganistão e Colômbia, o número de deslocados internos aumentou em mais
de 2,3 milhões.
Retorno
incerto
Ao
longo de 2020, cerca de 3,2 milhões de deslocados internos e apenas
251 mil refugiados voltaram para suas casas, uma queda de
40% e 21% em comparação a 2019.
Outros
33,8 mil refugiados foram naturalizados por seus países de asilo. O
reassentamento de refugiados registrou uma queda drástica. Apenas
34,4 mil refugiados foram reassentados no ano passado – o nível mais
baixo em 20 anos.
No
auge da pandemia, em 2020, mais de 160 países fecharam suas fronteiras, com 99
Estados não abrindo exceção para pessoas em
busca de proteção. Ao longo do tempo, com melhores medidas, mais
e mais países encontraram maneiras de garantir o acesso ao asilo.
Ainda
assim, a Turquia acolheu
a maior população de refugiados pelo 7º ano consecutivo, 3,7 milhões. Em
seguida estão Colômbia (1,7 milhão), Paquistão (1,4 milhão), Uganda (1,4
milhão) e Alemanha (1,2 milhão).
“Por trás
de cada número está uma pessoa forçada a deixar sua casa e uma história de
deslocamento, privação e sofrimento”, reiterou o alto comissário
da ONU para Refugiados, Filippo Grandi. A agência pediu aos líderes
mundiais que intensifiquem seus esforços
para reverter a tendência de aumento do
deslocamento que dura uma década.
Este conteúdo contém
adaptações do material publicado originalmente no portal ONU News, da
Organização das Nações Unidas
Para ler mais acesse,
www: professortacianomedrado.com
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