Grupo de 40 países pede acesso de observadores independentes à região, onde há indícios de maus-tratos e outros abusos contra a minoria uigur. As informações são do site A Referência.
A
China teria pressionado a Ucrânia a retirar seu apoio ao movimento
internacional que exige acesso de observadores independentes à região de
Xinjiang. Como forma de reprimenda, Beijing ameaçou reter as vacinas para
Covid-19 destinadas a Kiev, relataram diplomatas de dois países ocidentais
à Associated
Press na sexta-feira (25). .
Na
quinta-feira (24), a Ucrânia retirou seu nome de uma lista com cerca de 40
países que cobram acesso a Xinjiang. O objetivo da visita à província é
verificar as condições dos centros de detenção onde civis da minoria muçulmana
uigur seriam alvo
de tortura, maus tratos e trabalho forçado
Em
meio ao apoio da Ucrânia, Beijing advertiu que bloquearia um carregamento de ao
menos 500 mil doses de vacinas. Kiev comprou 1,9 milhão de doses da vacina
CoronaVac produzida pela chinesa Sinovac Biotech. Até o início de maio, 1,2
milhão de doses haviam sido entregues, segundo o ministro da Saúde Maxim
Stepanov.
O uso
de vacinas para pressionar outros países não é novidade na política
externa chinesa. Em março, Taiwan
acusou a China de condicionar o envio de vacinas ao Paraguai ao fim
das relações com a ilha. O Paraguai é um dos nove aliados diplomáticos de
Taiwan na América Latina, ao lado de Guatemala e Honduras, embora tenha fluxos
estáveis de comércio com Beijing.
Abusos
em Xinjiang
O
pedido de autorização para ingresso em Xinjiang foi liderado pelo Canadá e conta com o
apoio da Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, EUA
e outros. “Estamos seriamente preocupados com a situação em Xinjiang”, disse a
embaixadora do Canadá, Leslie Norton.
O
documento pede que chefes de direitos humanos da ONU (Organização das Nações
Unidas), como a chilena Michelle
Bachelet, tenham acesso imediato, significativo e irrestrito à província.
“Relatórios
indicam que mais de um milhão de pessoas foram arbitrariamente detidas em
Xinjiang”, diz o comunicado.
“Há uma vigilância generalizada que visa desproporcionalmente os uigures e
membros de outras minorias, com restrições às liberdades fundamentais e à
cultura uigur”.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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