O
presidente Jair Bolsonaro defendeu, nesta quinta-feira (17/6), a aprovação do
voto impresso nas eleições de 2022. O mandatário ainda atacou o ministro
Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamando-o de
"comunista" e ditador". Durante live transmitida pelas redes
sociais, o chefe do Executivo alegou que, caso não seja instituído o voto
auditável no próximo ano, um dos lados poderia não aceitar os resultados da
apuração e "criar uma convulsão no Brasil".
"Vai
ter sim (voto impresso), Barroso. Vamos respeitar o Parlamento. Caso contrário,
teremos dúvidas nas eleições e podemos ter um problema seríssimo no Brasil.
Pode um lado ou outro não aceitar, criar uma convulsão no Brasil. Ou a
preocupação dele é outra? É voltar aquele cidadão, o presidiário, para comandar
o Brasil?", acrescentou.
Bolsonaro
emendou que as urnas eletrônicas são vulneráveis a invasão. "Se acerta o
placar de votação no TSE. Isso pode acontecer sim. Neguinho invade tudo, invade
até a Nasa. Invade os computadores dos ministérios aqui à vontade, na última
eleição teve atraso por invasão. O que queremos na verdade? É a certeza do
voto", argumentou o presidente.
"Tem
fraude"
“Eu
mais do que desconfio, eu tenho convicção de que realmente tem fraude. As
informações que tivemos aqui, talvez a gente venha a disponibilizar um dia, é
que em 2014 o Aécio (Neves) ganhou eleições e que em 2018 eu ganhei em 1º
turno”, continuou. O Tribunal Superior Eleitoral concluiu, em 2015, que não
houve qualquer fraude na disputa entre Aécio Neves e Dilma Rousseff para a
presidência da República. Em relação a 2018, Bolsonaro jamais apresentou provas
de irregularidades na votação.
No
último dia 15, o ministro Luís Roberto Barroso, que também preside o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), criticou a aprovação do voto impresso pelo Congresso.
Ele considerou a medida como "retrocesso". Segundo ele, a medida
seria "procurar solução para um problema inexistente".
"Não
há nenhuma razão para nós termos um retrocesso imitando outros países que não
tiveram os problemas históricos [de fraudes] que nós tivemos. Temo que o voto
impresso possa ser uma solução arriscada para um problema que não existe",
disse.
No
último dia 9, Bolsonaro voltou a dizer que ganhou a corrida presidencial ainda
no primeiro turno e que possuia provas disso. Em março, durante viagem
aos Estados Unidos, Bolsonaro disse ter provas de fraude nas urnas eletrônicas
na eleição de 2018. Mas nunca comprovou as acusações.
Na
live de ontem, o chefe do Executivo ainda atacou o ex-presidente Lula, sem
citar o nome do petista. "Se tiram o presidiário da cadeia, ato contínuo
tornam elegível para não ser presidente? Eu não tenho preocupação nenhuma, não
sei se vou concorrer às eleições ano que vem, a gente decide mais tarde. Agora
não podemos ter eleições onde a desconfiança aparece".
O
presidente disse, ainda, que Lula "está rodando o Brasil negociando
cargos. O que queremos é a certeza do voto".
Para ler mais acesse,
www: professortacianomedrado.com
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