Da Redação
Gigantes
da indústria extrativista estão avançando sobre as reservas naturais protegidas
da floresta amazônica do Peru,
denunciaram grupos ativistas indígenas, na segunda (7). As informações são do site A Referência.
Através
da modificação de projetos previamente estabelecidos, as empresas invadem
terras protegidas do Bloco 58, que reúne mais de 1,2 trilhão de metros cúbicos
de reservas de gás natural e petróleo na província de Cusco, ao sul do Peru. A
informação é do site Global
Voices.
“A
consulta prévia é fundamental, porque avisa as comunidades sobre o possível
impacto dos projetos em suas vidas”, disse a líder da ONG Direitos, Meio
Ambiente e Recursos Naturais, Denisse Linares.
Segundo
ela, apesar da riqueza em recursos
naturais da região e do influxo de investimento estrangeiro, grupos
indígenas não se beneficiaram com uma melhora no padrão de vida. Até 26% da
população local vive na pobreza, diz um relatório da
organização.
A
principal empresa autorizada a explorar os recursos da região é a CNPC (China
National Petroleum Corporation), que deve investir US$ 4,4 bilhões até 2023.
Desde
que recebeu a permissão do governo peruano, em 2017, Beijing passou a adquirir
ativos estratégicos de energia. A China também não obedeceu os
acordos para uma maior transparência em seus projetos, dizem os ativistas.
Agora,
organizações locais e comunidades indígenas – principalmente as mais afetadas,
como os Tangoshiari, Kirigueti e Kochiri – exigem que as empresas extrativistas
detalhem seus projetos na região do Bloco 58.
Auxílio
insuficiente
Apesar
de a China ter atendido a algumas reivindicações dos grupos, por recomendação
da ONU (Organização das Nações Unidas), as trocas entre extrativistas e povos
originários do Peru não se transformaram em desenvolvimento
regional.
Beijing
se comprometeu a estimular a compatibilidade dos projetos com as diretrizes dos
direitos humanos. Outra medida é a criação de uma estrutura legal para
assegurar que as atividades não prejudiquem os direitos
humanos no exterior.
Ainda
assim, os indígenas afirmam que não foram consultados sobre qualquer
modificação em projetos de extrativismo – o que vai contra o acordado. Para
lidar com a situação, as organizações pressionam o governo peruano para que
proteja os direitos à consultoria indígena e responsabilize as empresas
por violações
ambientais.
Para ler mais acesse,
www: professortacianomedrado.com
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