Por: Taciano Medrado
Caríssimo(as leitore(a)s quero chamar a atenção de todos vocês com relação a uma
problema que vem afetando a maioria das pessoas, inclusive a mim.
Semana passada realizei uma série de exames laboratoriais e um que o medico me prescreveu me
intrigou, chama-se VITAMINA-D -25 e qual não foi a grande surpresa ao receber o resultado; 16,1 ng/ml , ou seja muito abaixo do que estabelece os valores de referencia para a minha idade (60 anos) que é de superior a 20ng/ml.
O motivo dessa hipovitaminose em vitamina D? O isolamento social provocado pela pandemia. As pessoas ficam receosas de saírem de casa, e portanto, deixam de se expor ao sol, uma grande fonte natural vitamina D, além da frutas e verduras , e acabam apresentando déficit no seu organismo.
De acordo com O Portal PEBMED é
destinado para médicos e profissionais de
saúde. A deficiência de vitamina D é um problema comum,
que acomete não só idosos e mulheres na menopausa, como também
adolescentes e crianças. A Sociedade Brasileira de
Endocrinologia (SBEM) está de acordo com a seguinte classificação:
Concentrações séricas abaixo de 20 ng/mL (50 nmol/L) são consideradas
como deficiência, entre 20 e 29 ng/mL (50 e 74 nmol/L) como insuficiência e
entre 30 e 100 ng/mL (75 e 250 nmol/L) como suficiência..
Quais são as principais causas de hipovitaminose D em crianças e adolescentes?
-> Diminuição da transferência materno-fetal: gestantes com hipovitaminose D; prematuridade;
-> Diminuição da síntese cutânea: exposição solar inadequada; pele escura; protetor solar; roupas que cubram quase todo o corpo; poluição atmosférica; latitude;
-> Diminuição da digestão: aleitamento materno exclusivo; lactentes que ingerem menos de 1 litro/dia de fórmula láctea forticada com vitamina D; dieta pobre em vitamina D ou vegetariana;
-> Diminuição da absorção intestinal (síndromes de má absorção): doença celíaca, doença inflamatória intestinal, fibrose cística, síndrome do intestino curto, cirurgia bariátrica;
-> Diminuição da síntese: hepatopatia ou nefropatia crônica;
-> Sequestro da vitamina D no tecido adiposo (obesidade);;
-> Mecanismos variados (diminuição da absorção e/ou aumento da degradação): medicamentos anticonvulsivantes (ex: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina), corticosteroides, antifúngicos azólicos (ex: cetoconazol), antirretrovirais, colestiramina, orlistat e rifampicina.
Quais são as manifestações?
A hipovitaminose D pode ser assintomática ou se manifestar como atraso do crescimento e/ou desenvolvimento, irritabilidade e dores ósseas. Quando grave e prolongada, pode causar hipocalcemia, hipofosfatemia, hiperfosfatasemia, acentuação da eleveção do PTH, raquitismo em crianças e osteomalácia em adolescentes e adultos.
Caso haja evolução para raquitismo, ocorrerão alterações como: atraso do crescimento e desenvolvimento motor, alterações dentárias, fronte olímpica, atraso no fechamento das fontanelas, crânio tabes, deformidade de membros inferiores (geno varo, geno valgo), entre outros. Neste caso, recomenda-se a suplementação de cálcio.
E como tratar?
O tratamento é indicado para todos os pacientes com deficiência da vitamina, sejam eles sintomáticos ou não. Ele pode ser feito com a reposição de colecalciferol, que é um metabólito mais ativo do que o ergocalciferol ou vitamina D2.
O uso do calcitriol é indicado apenas em situações excepcionais como: hipoparatireoidismo, insuficiência renal crônica, raquitismo dependente da vitamina D tipo 1 ou tipo 2, ou em casos de síndromes de má absorção intestinal grave.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as duas recomendações mais utilizadas para o tratamento são:
Tabela retirada da publicação da SBP, disponível em:
https://www.sbp.com.br/src/uploads/2016/12/Endcrino-Hipovitaminose-D.pdf
Referências:
Sociedade Brasileira de Pediatria – Hipovitaminose D em pediatria:
recomendações para o diagnóstico, tratamento e prevenção
(https://www.sbp.com.br/src/uploads/2016/12/Endcrino-Hipovitaminose-D.pdf)
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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