FLAMENGO X INTERNACIONAL. Qualquer semelhança com a final do Brasileiro de 1987 é mera coincidência

Por PVC

A experiência é um farol voltado para trás, como escreveu Pedro Nava, e a lembrança do Brasileirão de 1987, Copa União, lembra o escritor mineiro. Como desta vez, o Flamengo tinha um elenco extraordinário, muito melhor do que todos os demais competidores daquela temporada.

Inacreditável é lembrar que o Atlético chegou à semifinal como favorito, jogando com João Leite, Chiquinho, Batista, Luizinho e Paulo Roberto; Éder Lopes, Vânder Luís e Marquinhos; Sérgio Araújo, Renato e Marquinho Carioca.

Parecia mais forte, porque seu técnico, Telê Santana, montou uma equipe imbatível nas quinze rodadas da fase de classificação. Foram dez vitórias e cinco empates, campeão dos dois turnos em seu grupo, que tinha o Flamengo. E o rubro-negro, de Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho só se classificou, porque foi o segundo colocado da chave na soma dos dois turnos.

Do outro lado, o Internacional ganhou o turno e o Cruzeiro venceu o returno, em seu grupo. O estúpido regulamento previa dois grupos de oito clubes cada, que jogavam contra a outra chave na primeira metade e dentro do grupo no returno.

O Internacional fez dez pontos na primeira parte, mas ficou em penúltimo lugar na segunda metade. Perdeu seu camisa 10, Gilberto Costa, com lesão muscular. Mesmo sem ele, recuperou-se só na semifinal, quando venceu o Cruzeiro na prorrogação por 1 x 0, gol de cabeça de Amarildo.

O Flamengo, verdadeira seleção, quebrou a invencibilidade do Galo na semifinal do Maracanã e venceu por 3 x 2 no Mineirão, melhor partida de toda a competição.

Dos onze titulares rubro-negros, nove jogaram Copas do Mundo: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho, Leonardo, Zico, Renato, Bebeto e Zinho. Um dos que não estiveram em Mundial era Andrade, um gigante. Só Aílton parecia (um pouco) menos brilhante.

Mesmo assim, em Porto Alegre, houve empate no jogo de ida. Também coincidência com a partida do primeiro turno deste Brasileirão 2020, com registro de 2 x 2. Daquela vez, Bebeto fez 1 x 0 e Amarildo igualou dois minutos mais tarde.

O Internacional tinha Taffarel, Luiz Carlos Winck, Aloísio, Nenê e Paulo Roberto; Norberto, Luís Fernando e Balalo; Heider, Amarildo e Brites. Só um deles disputou Mundiais, Taffarel. Norberto, o marcador de Zico, tinha no currículo uma passagem por outro esporte, o boxe.

Ninguém dirá que a decisão de 2020 será como a de 1987, apesar do favoritismo rubro-negro, de elenco imensamente melhor do que todos os seus adversários.

Mais ou menos como aconteceu há 33 anos.

Fonte: GE

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