Monumento em homenagem a Che Guevara em Havana, capital de Cuba, em fevereiro de 2017 (Foto: WikiCommons/Robert Cutts)
Por: Prof. Taciano Medrado
O governo
de Cuba já está revendo as mudanças decretadas no ‘Dia Zero’, registrou o
portal argentino Infobae.
No aniversário de 62 anos da Revolução Cubana,
no dia 1, o país caribenho realizou uma espécie de “unificação” monetária e
cambial.
Até então, o país possuía na prática duas moedas: o peso cubano
e o peso conversível cubano, cujo valor equivalia a um dólar
norte-americano. Agora, ambas foram unificadas e, no novo câmbio, um
dólar equivale a 24 pesos cubanos.
Analistas já veem a medida como a mais significativa na economia
local desde o colapso da União
Soviética, em 1991, a principal parceira comercial da ilha à época.
Mas, além de elevar os salários e pensões, o aumento também
puxou os preços de alimentos, bens e serviços – em meio a uma explosão de
contágios de Covid-19 e sanções dos EUA, por parte de Donald Trump.
Boa parte da população se queixa de que, embora
os pagamentos tenham aumentado, os preços cresceram em proporção ainda maior.
Um
exemplo é a passagem de ônibus, o meio de transporte mais comum no país. De 40
centavos de peso cubano (cerca de R$ 0,90), uma passagem passou a custar dois
pesos (R$ 4,40) na capital, Havana.
“Minha pensão aumentou 1,3 vezes, mas o Estado aumentou as
coisas básicas até cinco vezes”, reclamou um cubano aposentado à Infobae
Em resposta, autoridades já reduziram as tarifas de energia
elétrica e outras ainda estão por vir, disse a ministra do comércio, Betsy
Díaz. “Estamos revendo as insatisfações gerais”, disse ela.
A questão do transporte, porém, ficou em stand-by depois
que o país proibiu a circulação em coletivos urbanos no sábado (9). Foi quando
Havana confirmou 132 contágios de
Covid-19, confirmou o portal OnCuba.
Reivindicação antiga
A escassez de
moeda estrangeira e outros bens essenciais, além da contração
de 11% na economia em 2020, forçaram uma reforma em Cuba após oito anos de
pedidos.
Além do aumento de salários e preços, a mudança
também prevê a retirada de grande parte dos subsídios concedidos pelo Estado a
alimentos e serviços básicos, como água e luz.
As informações são do site A referencia.
Para ler outras matérias acesse, www:
professortacianomedrado.com
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