Por: Taciano Gustavo Medrado Sobrinho
Professor, Engenheiro Agrônomo , administrador de empresa e Psicopedagogo
Recebi nessa sexta-feira dia 04 de dezembro pela manhã, via whats app, um vídeo gravado no dia 28 de outubro por um médico - que não tem especialidade em infectologia - e advogado, criticando o uso da mascara protetora na prevenção da covid-19, a quem ele apelidou de "cabresto social".
O médico de Belo Horizonte foi filmado em um evento criticando o uso
das máscaras contra a covid-19. Nas redes sociais, o
ginecologista e nutrólogo Sérgio Marcussi também oferecia atestados médicos
para dispensar o uso do item de proteção.
A gravação foi feita durante um evento político, na capital mineira,
nesta terça-feira (27).
"Fiquei muito satisfeito quando cheguei aqui [no evento] e vi todos
conscientes, sem máscara. Porque é isso que é o normal da sociedade. A questão
da máscara é um instrumento de cabresto. É um cabresto social eu não tenho
dúvida", disse o médico.
No vídeo o medico apresenta algumas complicações que uma pessoa pode acometer se fizer o uso prolongado da máscara protetora. Nota-se, porem, pelas imagens e pelo áudio (com "gritinhos" de euforia) sempre que o suposto médico se refere a mascar como "cabresto social " .
O que nos parece ser, na verdade, tratar de politizar contra o uso da mascara uma vez existem banner com a foto do presidente Jair Bolsonaro afixado na parede , que sempre defendeu o não uso da mascara e do não isolamento social, pelo qual foi duramente criticado.
Ainda no vídeo, Marcussi tentou convencer os participantes que a
máscara faz mal à saúde. Em seguida, ele sugere que as pessoas peguem atestado
e, assim, evitem questionamentos e possíveis complicações legais.
Na gravação, o médico cita o trecho de uma lei n° 14.019, sancionada
pelo Governo Federal no dia 2 de julho, que dispensa o uso obrigatório da
máscara para pessoas que são portadoras de transtornos como autismo,
deficiência intelectual e deficiência sensoriais, ou outra qualquer doença que
impeça de fazer o uso adequado da proteção.
Em seu discurso, o médico diz ainda que a pandemia é um
"golpe". Em uma rede social, o médico afirmou ter concedido, em um
único dia, 20 atestados liberando do uso da máscara.
Repercussão
O CRM (Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais) informou que
vai apurar os fatos. Uma reunião do órgão está prevista para esta quarta-feira
(28).
Depois da repercussão, o ginecologista e nutrólogo, que atende em um
prédio localizado na Savassi, na região Centro-Sul de BH, apagou sua conta da
rede social, onde costumava fazer posts sobre os polêmicos atestados.
Procurado pela reportagem, Sérgio Marcussi voltou a defender que a lei federal resguada o direito de pessoas com "quaisquer deficiências" serem liberadas do uso das máscaras. O médico disse, ainda, que não quer comentar sobre o caso.
Proteção essencial
O infectologista Estevão Urbano, presidente da Associação Mineira de
Infectologia, o uso da máscara é importante e deve ser mantido porque tem
ajudado a controlar a transmissão da covid-19.
— Várias consequências podem acontecer com pessoas que não usam a máscara. Um deles é o próprio risco individual. Como o vírus continua circulando, por mais que você tenha uma queda no número de casos, de internações e de óbitos, o próximo pode ser você. Segundo, você pode ter problemas de se contaminar, não ter sintomas, mas transmití-la.
Em Belo Horizonte, quem for flagrado sem o uso da máscara pode ser multado em R$ 100 e ter o nome incluído na dívida ativa do município.
Com informações do R7
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.com
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