Da: Redação
Prof.Taciano Medrado.
Prof.Taciano Medrado.
O Produto
Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no
país, cresceu 7,7% no terceiro trimestre, em relação ao período anterior.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou,
hoje (3), os números das Contas Trimestrais, essa é a maior variação desde o início
da série em 1996, mas ainda insuficiente para recuperar as perdas provocadas
pela pandemia. O resultado indicou ainda que a economia do país se encontra no
mesmo patamar de 2017, com uma perda acumulada de 5% de janeiro a setembro, em
relação ao mesmo período de 2019.
Na comparação com o mesmo
trimestre de 2019, o PIB, apresentou recuo de 3,9% e, em valores correntes,
chegou a R$ 1,891 trilhão. Desse valor, R$ 1,627 trilhão em Valor Adicionado a
Preços Básicos e R$ 264,1 bilhões em Impostos sobre Produtos Líquidos de
Subsídios.
Para a coordenadora de Contas
Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o crescimento ocorreu sobre uma base muito
baixa, quando o país estava no auge da pandemia no segundo trimestre. “Houve
uma recuperação no terceiro, contra o segundo trimestre, mas se olharmos a taxa
interanual, a queda é de 3,9% e no acumulado do ano ainda estamos caindo, tanto
a Indústria quanto os Serviços. A Agropecuária é a única que está crescendo no
ano, muito puxada pela soja, que é a nossa maior lavoura”, disse.
No terceiro trimestre a Indústria
cresceu 14,8% e os Serviços subiram 6,3%. Já a Agropecuária registrou queda de
0,5%. De acordo com o IBGE, a expansão do PIB no período foi causada,
principalmente, pelo desempenho da Indústria, com destaque para o crescimento
de 23,7% no setor de Transformação. Eletricidade e gás, água, esgoto,
atividades de gestão de resíduos também cresceram (8,5%), como a Construção
(5,6%) e as Indústrias extrativas (2,5%).
“Olhando pela ótica produtiva, o
destaque foi a Indústria de Transformação, até pelo fato de ter caído bastante
no segundo trimestre (-19,1%), com as restrições de funcionamento. A Indústria
cresceu como um todo 14,8%, e a de Transformação 23,7%, mas voltamos ao patamar
do primeiro trimestre”, observou Rebeca.
Serviços
O setor
de Serviços, que foi destaque no resultado e têm o maior peso na economia,
registrou alta em todos os segmentos: Comércio (15,9%), Transporte, armazenagem
e correio (12,5%), Outras atividades de serviços (7,8%), Informação e comunicação
(3,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social
(2,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e
Atividades imobiliárias (1,1%).
A coordenadora lembrou que o
setor caiu 9,4% no segundo trimestre e agora avançou 6,3%, mas ainda não
recuperou o patamar do primeiro trimestre. A explicação é que houve uma queda
tanto na oferta quanto na demanda. “Mesmo tendo sido retiradas as restrições de
funcionamento, as pessoas ainda ficam receosas para consumir, principalmente os
serviços prestados às famílias, como alojamento, alimentação, cinemas,
academias e salões de beleza. O desempenho melhorou em relação ao segundo
trimestre, mas ainda não voltou aos patamares antes da pandemia”, apontou.
Agricultura
A variação
negativa de 0,5% na Agricultura foi consequência de um ajuste de safra. “O
destaque é o crescimento de 2,4% no acumulado do ano, ante uma queda de 5,1% da
Indústria e 5,3% dos Serviços”, informou.
Consumo das famílias
Rebeca
observou ainda que o consumo das famílias (65%) – o que mais pesa pela
ótica da despesa -, teve expansão de 7,6%, resultado que é muito parecido com o
do PIB. O indicador havia caído 11,3% no segundo trimestre, mas no terceiro, o
consumo de bens subiu bastante, especialmente, bens duráveis e bens
alimentícios da cadeia agroalimentar. “O consumo de serviços teve crescimento,
mas foi bem menor do que a queda anterior, pois as famílias não voltaram a
consumir no patamar anterior à pandemia”, indicou.
Investimentos
Os
investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) subiram 11%, mas neste caso
também, o desempenho está relacionado à base de comparação com o segundo
trimestre em que havia caído 16,5%. “No acumulado do ano, a queda é de 5,5%. E
o país ainda tem investimento em equipamentos importados e como o dólar está
alto, influencia para baixo”, afirmou a coordenadora.
Com informações da Agencia Brasil
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