Escolas continuam fechadas por causa da pandemia do novo coronavírusFoto: Leandro Ferreira/FotoArena / Estadão Conteúdo
Prof. Taciano Medrado
O Conselho Nacional de Educação (CNE) deve
aprovar nesta terça-feira, 6, uma resolução que permite o ensino remoto nas
escolas públicas e particulares do País até
31 de dezembro de 2021. Dessa forma, as redes de ensino podem organizar seus
calendários, com reposições de aulas perdidas e avaliações, não apenas até o
fim deste ano. O documento, ao qual o Estadão teve acesso, também
recomenda que as escolas não
deêm faltas aos alunos nesse período todo de pandemia
Como em outras resoluções durante a pandemia,
mais uma vez o CNE também não recomenda a reprovação em 2020. É sugerido que se
adotem "anos escolares contínuos", ou seja, junte-se a série em que o
estudante está em 2020 com a próxima, em 2021. "O reordenamento curricular do que restar do
ano letivo de 2020 e o do ano letivo seguinte, pode ser reprogramado,
aumentando-se os dias letivos e a carga horária do ano letivo de 2021 para
cumprir, de modo contínuo, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
previstos no ano letivo anterior", diz o CNE
"As consequências deste ano vão levar um tempo para serem
resolvidas nas escolas", diz a relatora da resolução e conselheira do CNE,
Maria Helena Guimarães de Castro, que já foi secretária-executiva do Ministério
da Educação (MEC) nos governos FHC e Temer. "Mesmo que se imagine que haja
vacina ano que vem, as escolas precisam de um tempo para se readaptarem, é o
que todos os países do mundo estao fazendo. É uma flexibilização que dá
tranquilidade no replanejamento para 2021."
A educadora, no entanto, recomenda
que, onde já houver decisão favorável da área de Sáude, as
escolas retornem imediamente com atividades presenciais.
"A volta é muito importante, até para as pessoas aprenderem a lidar com o
medo, ter acolhimento, para os professores possam falar como estão se
sentindo", diz
Segundo a lei nº 14.040/2020, o CNE deveria dar as diretrizes
para os estabelecimentos de ensino durante o "estado de calamidade
pública" causado pela pandemia da covid, o que está sendo feito nesta
resolução. Ao ser aprovada, será a mais importante resolução nacional sobre o assunto, já
que o MEC não se posicinou oficialmente. Em entrevista ao
Estadão, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que a volta às aulas não
era tema do governo federal.
O texto fala ainda que deve ser
decisão dos pais ou responsáveis enviar ou não os alunos para aulas presenciais
e que as avaliações são facultativas às escolas neste momento. Mas os que
decidirem mantes os filhos em atividades remotas devem se comprometer em
cumprir "atividades e avaliações previstas no replanejamento
curricular".
Sobre não exigir um controle de frequência
dos alunos nas escolas, Maria Helena diz que é algo impossível
de ser feito durante o período de aulas remotas, já que os estudantes muitas
vezes recebem vídeos para estudar no horário que escolherem. Para as escolas de
educação infantil (0 a 5 anos) o documento libera também de cumprir a carga
horária letiva de 800 horas, como devem fazer este ano o ensino fundamental e
médio. Mesmo assim, essas horas podem ser preenchidas com atividades online.
O texto fala ainda que todos os
recursos de tecnologia podem ser empregados no ensino e cita inclusive as redes
sociais, como WhatsApp, Facebook, Instagram "para estimular e orientar os
estudos, pesquisas e projetos".
Com informações do Estadão
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.co
Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário