Da: Redação
Prof.
Taciano Medrado
E-mails trocados entre os responsáveis pela manutenção do Ninho do Urubu
apontam que o Flamengo sabia dos problemas elétricos dos alojamentos. De acordo
com o site "Uol Esporte", que teve acesso aos documentos com datas
desde 11 de maio de 2018, portanto, nove meses antes do incêndio que matou dez
jovens jogadores das divisões de base. No dia 7 de fevereiro de 2019 um
curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado fez o local, onde os
garotos dormiam, pegar fogo.
Os e-mails internos trocados, os responsáveis apontaram para a diretoria
rubro-negra que haviam problemas nas instalações e que os autos de infração da
Prefeitura do Rio de Janeiro não eram casos isolados. Diante disso, um técnico
de segurança do trabalho foi chamado para avaliar o local.
"A avaliação foi realizada na presença do Sr Adilson, da empresa
CBI, este indicado pelo Sr Luiz Humberto [Gerente de Administração do
Flamengo], sendo comprovado as não-conformidades e suas gravidades. Conforme a
avaliação do Sr Adilson e relatório anterior, a situação é de alta relevância e
grande risco, ficando este de apresentar uma proposta ao Sr Luiz Humberto para
atendimentos emergenciais de alguns pontos: quadro elétrico (poste ao lado do
refeitório), disjuntores e fiação no jardim, quadro elétrico atrás do
alojamento da base", apontou o relatório da inspeção.
A empresa orçou os reparos elétricos em R$ 8.550 e que ficariam prontos
no prazo de até 10 dias. Porém, apesar disso, ficou decidido que nada seria
feito, já que a ideia da diretoria do Fla, cuja gestão era do ex-presidente Eduardo
Bandeira de Mello, era demolir o alojamento para a construção de um novo CT da
base até o final de 2018. Porém, as novas instalações não ficaram prontas até
fevereiro do ano seguinte, quando aconteceu o incêndio.
Fonte: Bahia Noticias
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