QUEM É JOSÉ GOBBO FERREIRA, NOVO NOME COTADO PARA ASSUMIR O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO(MEC)


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Da:  Redação
Prof. Taciano Medrado

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Indicado pela ala militar, o coronel José Gobbo Ferreira é hoje o principal nome cotado para assumir o Ministério da Educação no lugar de Abraham Weintraub, que deixou a pasta no último dia 19 de junho. O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, foi o principal cotado ao longo desta sexta-feira (3), mas saiu do páreo neste sábado (4).

Gobbo Ferreira é coronel do Exército Brasileiro, graduado em Material Bélico pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), bacharel em Engenharia Química pelo Instituto Militar de Engenharia, pós-graduado em Economia pela Fundação Getúlio Vargas, mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade, e doutor em Engenharia Aeroespacial pela Universidade de Poitiers, na França.

O militar possui curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) da Escola Superior de Guerra (ESG), fala cinco idiomas e tem perfil conservador.
De acordo com informações públicas sobre o coronel, Ferreira também foi pesquisador sênior durante 20 anos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na área de engenharia aeroespacial e foi orientador da primeira dissertação do Brasil sobre o comportamento de estatoreatores sólidos utilizando diversos combustíveis. 

Foi professor da Universidade Federal Fluminense por dois anos, da Faculdade de Ciências Econômicas do Sul de Minas pelo mesmo período, tornando-se diretor-geral da instituição e professor adjunto da Escola Federal de Engenharia de Itajubá.  

Atualmente é professor de economia convidado e membro permanente da Comissão de Auto-Avaliação da Escola Superior de Atividades Imobiliárias e consultor de projetos de engenharia para a empresa Deltarroba em Lisboa, Portugal.

O militar é autor do livro “Dez anos de PT e a desconstrução do Brasil”, lançado em 2013, onde faz uma vasta análise crítica sobre o governo do PT e refuta várias narrativas criadas em favor do partido. No livro, Ferreira rechaça a política de cotas criada no governo Lula II, a aliança do partido com o Foro de São Paulo, a importação de médicos cubanos via “Mais Médicos”, entre outros.

Confira abaixo alguns trechos do livro escrito pelo cotado para assumir o Ministério da Educação:

“No Brasil, o negro que não consegue ser admitido no ensino superior não o é por ser negro, mas por não estar preparado, e não se tornará qualificado e nem conseguirá se sair bem no curso superior por decreto ou pelo teor de melanina de sua pele. O problema dele está na orientação perversa que o governo está imprimindo ao ensino fundamental. Corrija-se essa etapa, universalize-se o acesso a ela e ninguém mais precisará passar pela humilhação de depender da cor de sua pele para entrar, por piedade, em uma universidade. O Autor, com muito sangue negro nas veias, se sente constrangido por esse tratamento, e o considera, isso sim, o verdadeiro racismo”. Trecho do livro de Gobbo Ferreira, p. 24.

Sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ferreira escreve:

“Ele, como a maioria dos componentes de seu partido, é de um abissal despreparo intelectual e de um trato pessoal vulgar e mal educado, além de uma absoluta falta de escrúpulos. Possui, porém, uma esperteza inata e uma natural facilidade de conexão com a parcela mais humilde e despreparada da população, incapaz de perceber para onde o populismo, a demagogia e a desonestidade de propósitos a estão conduzindo. (...) Cercou-se de uma malta imbuída dos mesmos propósitos, quais sejam, de colocar em prática os ensinamentos de Antônio Gramsci para tomar de assalto definitivamente o poder e enricar-se da maneira mais desbragada e rápida possível, não se pejando de convidar para o repasto todos aqueles que possam colaborar para que esses objetivos sejam atingidos”, p. 32.

No livro, Gobbo Ferreira faz duras críticas à corrupção perpetrada pelo PT, onde afirma que a distinção entre público e privado despareceu nos governos petistas. 

“Ninguém imagina que a corrupção seja uma invenção do PT. Mas no passado, os corruptos, se descobertos, eram sumariamente defenestrados de seus cargos. Demonstravam vergonha, verdadeira ou não, de seus malfeitos. E se retiravam de cabeça baixa. Sob o PT, o patrimonialismo se tornou a regra geral e a distinção entre o público e o privado desapareceu completamente. Políticos se apropriam dos bens públicos das maneiras mais deslavadas. E isso é considerado normal. Não há pejo. Não há vergonha nenhuma. Os chamados mensaleiros tem o apoio integral do governo e do partido, malgrado o fato de terem cometido o mais escabroso crime político da história da República. Políticos petistas condenados como criminosos comuns ocupam espaço na Comissão de Justiça da Câmara”, p. 104.

Indicação ao MEC

Gobbo Ferreira está sendo visto pela ala militar como um “conciliador”, por ser militar e ter perfil conservador. Fontes do Palácio do Planalto indicam que o nome do coronel seria aprovado tanto por apoiadores do governo nas redes sociais, como por militares da alta cúpula do governo.

Ainda não há informações sobre uma eventual aceitação de Ferreira para o cargo, mas especula-se que o militar irá encontrar o presidente Jair Bolsonaro nos próximos dias.

Além do coronel, o presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), Rubens Lopes da Cruz, também está sendo cotado para a chefia do MEC, por indicação de Elizabeth Guedes, irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes e vice-presidente da ANUP.

Fonte : Brasil sem medo

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