foto reprodução internet
Da: Redação
Prof.
Taciano Medrado
Prezado(a)s
Leitore(a)s,
Segundo o G1, a Justiça Eleitoral de São Paulo
aceitou a denúncia do Ministério Público contra o ex-governador Geraldo Alckmin
(PSDB), por falsidade ideológica eleitoral ("caixa dois"), corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, nesta quinta-feira (30).
O Ministério Público acusou Geraldo
Alckmin de receber R$ 11,3 milhões da Odebrecht, durante as campanhas
eleitorais de 2010 e 2014 ao governo do estado de São Paulo pelo PSDB. O
ex-governador foi citado por três delatores do grupo.
A denúncia foi aceita pelo juiz Marco
Antonio Martin Vargas, titular da 1ª Zona Eleitoral da capital, nesta
quinta-feira (30).
Os promotores afirmaram que as
transferências foram feitas via caixa 2, porque, como tinha contratos com o
governo, a empreiteira estava impedida de fazer doações eleitorais e que
Geraldo Alckmin tinha ciência de que o valor não seria declarado. Segundo a
denúncia, Geraldo Alckmin apareceu com codinomes diferentes nas planilhas de
propina da Odebrecht.
Na campanha de 2010, o nome do
ex-governador vinha associado ao codinome "Belém". Ainda segundo a
denúncia, na eleição seguinte, em 2014, Alckmin foi identificado como
"Meia" em uma tabela disfarçada, que usava termos do futebol.
A acusação é que, em 2010, os
pagamentos foram intermediados por Adhemar Cesar Ribeiro, cunhado de Alckmin.
Adhemar só não foi denunciado porque, segundo os promotores, o prazo para
processá-lo pelos crimes já prescreveu por causa da idade dele.
O Ministério Público disse ainda que
Marcos Antônio Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB e ex-secretário de planejamento
do governo paulista, intermediou os pagamentos de 2014.
Os promotores afirmaram que os
pagamentos faziam parte dos planos da Odebrecht de manter e de ampliar as
relações com o governo de São Paulo. Segundo a acusação, a empreiteira tinha
interesse em obras viárias e em projetos de transporte, especialmente do metrô
e do monotrilho.
O Ministério Público também incluiu
na denúncia os nomes de seis delatores da Odebrecht, que terão as eventuais
penas estabelecidas de acordo com os termos de colaboração premiada de cada um
deles.
A defesa de Geraldo Alckmin disse que
as conclusões do inquérito são apressadas, infundadas e não encontram suporte
nos fatos, que Alckmin nunca recebeu contribuição de campanha eleitoral sem
declarar nem praticou qualquer ato de corrupção.
O diretório do PSDB de São Paulo
reiterou a confiança na idoneidade de Alckmin e disse que os fatos serão
devidamente esclarecidos.
A defesa de Marcos Monteiro disse que
vai provar que os supostos fatos divulgados são infundados, que o cliente não
tem qualquer relação com as obras realizadas pela Odebrecht e que ele sempre
desempenhou seu trabalho com integridade e lisura.
A Odebrecht afirmou que a
investigação é desdobramento de fatos reconhecidos pela própria empresa e que
possui controles que reforçam o compromisso com a ética, a integridade e a
transparência.
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