APÓS TEREM PERFIS SUSPENSOS PELO STF, BOLSONARISTAS USAM CONTAS ALTERNATIVAS PARA POSTAR EM REDES SOCIAIS


Justiça manda suspender perfis de aliados do presidente Bolsonaro em rede social

Da:  Redação
Prof. Taciano Medrado

Prezado(a)s Leitore(a)s,

Segundo o portal G1 na sua edição de hoje(25), depois de ter as contas no Twitter e no Facebook suspensas na sexta-feira (24), bolsonaristas investigados por suposta disseminação de fake news recorreram a perfis alternativos para postar nas redes sociais.


A suspensão das contas foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator do inquérito das fake news.


"Amigos, aqui é Roberto Jefferson. Entrei na conta da minha filha para agradecer a todos pelo apoio. Em breve estaremos juntos novamente! Alexandre, não temo sua tirania!", disse o ex-deputado por meio do perfil da filha, Cristiane Brasil, no Twitter.


Já o blogueiro Allan dos Santos usou uma conta alternativa no Twitter (@allandlsantos). 

O empresário Luciano Hang recorreu a outra rede social, o Instagram, para dizer que não foi objeto da decisão do ministro Moraes.


Na decisão, o Moraes faz referência a 16 contas específicas do Twitter e 12 no Facebook de bolsonaristas que deveriam ser bloqueadas. Não há, na sentença, restrição a postagem por eventuais outras contas ou outras redes sociais que não as listadas.


Assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia e pré-candidato a vereador pela capital, Edson Salomão preferiu abrir uma nova conta no Twitter. Já são mais de 20 mil seguidores na rede.


Operação

Perfis de 16 aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, investigados por suposta disseminação de fake news, foram bloqueados pelo Twitter e pelo Facebook nesta sexta-feira (24). A suspensão das contas foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


A decisão faz parte do inquérito das fake news, que apura ataques a ministros da Corte e disseminação de informações falsas e tem Moraes como relator.


Em documento assinado na última quarta (22), Moraes pede o bloqueio de 16 contas do Twitter e 12 perfis no Facebook, com multa de R$ 20 mil ao dia para as empresas que descumprirem a ordem. Todas foram suspensas nesta sexta.


A decisão cita como titulares das contas a serem suspensas:

Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB
Luciano Hang, empresário
Edgard Corona, empresário
Otávio Fakhoury, empresário
Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
Bernardo Küster, blogueiro
Allan dos Santos, blogueiro
Winston Rodrigues Lima, militar da reserva
Reynaldo Bianchi Júnior, humorista
Enzo Leonardo Momenti, youtuber
Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas
Sara Giromini
Eduardo Fabris Portella
Marcelo Stachin
Rafael Moreno

Em maio, o grupo já tinha sido alvo de busca e apreensão autorizada pelo ministro, em desdobramento do inquérito. Na época, Moraes determinou o bloqueio de contas em redes sociais de 16 investigados. Os perfis seguiam ativos até esta semana, o que levou o magistrado a reforçar a determinação na última quarta.


Advogados dos alvos disseram à TV Globo que recorreram da decisão do ministro do STF .


Em nota divulgada nesta sexta, o Twitter disse que "agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)". O Facebook, também por meio de nota, afirmou que "respeita o Judiciário e cumpre ordens legais válidas".


O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, criticou a decisão do Supremo e usou o termo "censura". Ao publicar a mensagem em rede social, ele marcou uma conta falsa, já suspensa, do presidente Jair Bolsonaro.


"A decisão do FB [Facebook] e do TW [Twitter] de derrubar as contas de apoiadores de @jairmbolsonaro é sem precedentes na rede mundial, que se caracteriza pela ampla liberdade de expressão. A decisão de suspender as contas é contraditória porque a investigação não está concluída. País sob censura", disse.


No fim da tarde, o blogueiro Allan dos Santos, um dos alvos da operação, passou a utilizar o Twitter em uma "conta alternativa" criada em junho de 2009. O perfil não é listado na decisão de Moraes.




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