Foto ilustração internet
Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Olá caríssimo(a)s leitore(a)s,
Desde a explosão inicial de sites na internet no final da década de
1990, popularizou-se uma convicção entre seus criadores: fazer um site é fácil;
difícil é ser encontrado na rede. Mas surgiram o Google e
outros mecanismos de busca para ajudar — em parte, porque ainda é preciso saber
como manipulá-los.
Para captar leitores, conteúdo é essencial.
Em princípio, surgiu o uso de palavras-chaves. Na verdade, elas são
úteis até hoje. Mas o Google evoluiu e hoje os marqueteiros
afirmam e reafirmam que, na otimização dos mecanismos de busca (SEO), o
conteúdo é o rei. Para reforçar, agora dizem que o conteúdo é o rei, o
príncipe, o duque, o conde, o visconde, o barão — enfim, toda a realeza.
Em outras palavras, para colocar um site nas primeiras colocações do
Google, por exemplo, o conteúdo tem de ser interessante, relevante e
informativo, dizem os consultores da firma SmartMarketing. Mas, como as aranhas
do Google, que sondam a rede ininterruptamente, determinam tudo isso? Afinal,
elas não são críticas literárias.
A resposta é: o Google se vale, acima de tudo, do comportamento do
usuário para avaliar a qualidade do conteúdo. Para fazer isso, o mecanismo mede
o tempo que o usuário permaneceu em uma página de qualquer site.
Se ele clicou em um link, entrou na página e saiu em menos de 15
segundos, a conclusão é óbvia: o conteúdo não é lá essas coisas. Mas se ele
permaneceu um tempo razoável na página, oh, esse conteúdo é bom. Se ele passou
um tempo visitando páginas diferentes, sim, esse site é bom.
Assim, o Google detecta se o conteúdo é isso tudo que dizem:
interessante, relevante e informativo. E se é isso tudo para alguns usuários,
deve ser para muitos. Enfim, tudo se baseia na famosa "experiência do
consumidor".
Os artigos publicados no site podem cumprir esse papel. Mas, o que está
na moda é o blog — um recurso que, na verdade, é mais fácil de usar e mais
eficiente.
A grande vantagem do blog é que ele não requer a competência técnica que
se espera do articulista. O blog é um escrito conversacional, de linguagem simples
e clara, destinado a um público-alvo que só fala e só entende linguagem simples
e clara. Isso é, pelo menos, o que se espera de um blog concebido para
conquistar clientes para o escritório.
Em blogs, não se escreve exatamente para um público-alvo. Antes de
escrever o primeiro blog, o autor começa por criar uma "persona". Em
marketing, uma "persona" pode ser um cliente ideal, fictício, que o
advogado imagina — ou cria, com base em pesquisas ou em seus conhecimentos.
Assim, em vez de escrever um blog para um público em geral, o autor deve
escrever para essa "persona". É claro que ela representa o cliente
que ele quer conquistar, um de cada vez.
O estilo literário do blog não tem nada a ver com o de artigos. Nem é
uma pilha de pequenas notícias ou comentários, como se vê muito. Tem o seu
estilo próprio, que se pode definir como um misto de carta e crônica. De carta,
porque é uma comunicação pessoal entre o autor e sua "persona". De
crônica, porque, em geral, reflete o cotidiano e tem um estilo leve e agradável.
Nesse ponto, surge a questão sobre o que escrever. A resposta mais
direta é: alguma coisa que a "persona" está a fim de ler; alguma
coisa em que ela deve estar interessada; alguma coisa que ela quer saber nesse
momento; alguma coisa que pode afetar sua vida — ou de sua empresa, família e
amigos – agora ou em um futuro próximo; alguma coisa sobre a qual pode estar
curiosa. Enfim, alguma coisa interessante, relevante e informativa.
De todos esses adjetivos (e outros possíveis) o mais importante é
“relevante”. Isso vale para blogs, artigos, notícias, etc. Quando o autor pensa
no que é relevante para sua “persona” ou público-alvo, ele irá, certamente,
acertar... no alvo.
No caso de clientes de advogados, o que é mais relevante para eles é
saber que existe um problema (jurídico), mas, como todo problema, tem uma
equação ou uma solução. E uma perspectiva de tranquilidade. Finalmente, o blog
pode encorajar o leitor a procurar um advogado (pelo menos nos EUA, não é
antiético aconselhar o leitor a procurar um advogado – em oposição a pedir ao
leitor para se comunicar com ele).
De uma maneira geral, essas são as informações mais importantes para o
cliente – não a descrição da competência profissional do advogado. Quando o
cliente lê uma boa explicação sobre a solução de seu problema jurídico, ele
irá, automaticamente, atribuir autoridade no assunto ao autor do blog. Assim, a
competência profissional se estabelece de forma indireta, por si só.
No entanto, o blogueiro não precisa, necessariamente, escrever sobre
questões jurídicas. Um advogado pode escrever, por exemplo, sobre uma causa,
sobre o combate a uma doença e, enfim, sobre qualquer assunto que possa ser
interessante, relevante e informativo para um público-alvo. Isso o tornará
conhecido não só entre os clientes, mas entre todos os profissionais do Direito
– tanto quanto o interesse sobre o assunto o permita.
Para quem não gosta de escrever ou simplesmente não tem tempo, é natural
contratar um profissional que o faça sob encomenda – desde que as informações
relevantes, no pensamento e no sentimento do advogado, sejam devidamente
expressas.
Escrito e publicado o blog, na esperança de que o bom conteúdo irá
colocá-lo na primeira página do Google, é preciso promovê-lo na mídia social.
Basta uma “chamada”, como se diz em jornalismo para um curto parágrafo na capa
da publicação, que visa chamar a atenção do leitor, com um link para a página
em que o blog foi publicado.
Fonte:
Conjur
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.com
Aviso: Os comentários são de
responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano
Medrado. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de
terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser
removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário