Por: Marco Antonio Araujo/R7
Na retrospectiva 2019, há um saldo
inquestionável a favor do governo: a narrativa que prevaleceu foi a de
Bolsonaro. A oposição ainda se mostra resistente a entender que está diante de
um fenômeno inédito. E passou o ano repetindo ladainhas e ladrando cantilenas
apocalípticas que simplesmente não funcionam mais.
Em resumo, a esquerda caiu na armadilha
de ficar a reboque da agenda de costumes do presidente, sempre correndo atrás
do factoide e do balão de ensaio do dia. Quando sobrava fôlego, voltava ao papel
de vilã e insistia em agourar o país com expectativas pessimistas. Ninguém
aguenta isso.
O cidadão não quer acreditar que tudo
vai piorar — e, caso piore, vai ficar com birra é dos arautos do caos, os
urubus. Trabalhador precisa de políticos que apontem saídas e tornem as
adversidades suportáveis. Alguém sabe qual a proposta de reforma administrativa
ou tributária dos opositores? Pois então.
Enquanto Bolsonaro soltava bravatas e
provocações e seus adversários rodopiavam, o Congresso foi lidando com as
questões reais e dando suporte à governabilidade. A facilidade com que passou a
reforma da Previdência deveria ter acionado todos os alarmes entre os que
iniciaram o ano apostando na queda do presidente.
Pois fica aqui uma dica aos derrotados:
haverá 2020. Os indicadores deste final de ano a alta das vendas de Natal,
as maiores desde 2014, é um deles) garantem ao governo sair na frente, com
larga vantagem. É inútil uivar. A caravana passou.
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