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Da
Redação
Prof.
Taciano Medrado
Representantes
do Fórum das Associações de Docentes das Universidades Estaduais da Bahia se
reuniram nesta terça-feira (29) com o deputado estadual Targino Machado (DEM),
líder da oposição na Assembleia Legislativa (AL-BA), para discutir a pauta de
reivindicações da categoria junto ao governo.
A categoria acusa o governador de promover sucessivos cortes
orçamentários e de não ter avançado na mesa de negociações firmada após o fim
da greve da categoria. Os profissionais querem o apoio do líder da oposição nos
pleitos do fórum. O governo nega que exista contingenciamento a universidades .
Entre os pedidos da categoria para a oposição o apoio para uma
emenda ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para obrigar o estado a
repassar 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as universidades
estaduais. Nos últimos quatro anos, este percentual foi menor do que 5%.
Segundo Jucélio Dantas, coordenador da Associação dos Docentes da Uefs e
representante do fórum, o percentual de 7% foi apontado por estudos realizados
pelas entidades.
"Com esse valor, as universidades podem funcionar com
qualidade, garantindo o funcionamento dos serviços e a permanência estudantil e
com maior condição de absorver alunos", disse, ao destacar as dificuldades
enfrentadas pelas instituições por conta da falta de recursos. Segundo ele, por
exemplo, cursos como o de agronomia da Uefs estão sem condições de realizar
atividades de campo, fundamentais para a formação dos estudantes, por conta da
falta de recursos.
Outro ponto é a falta de avanço da mesa de negociações entre a
categoria e representantes do governo do estado - nenhum secretário participa.
Até agora, segundo o fórum, já foram quatro reuniões e nada do que foi acordado
com o governo foi cumprido, por enquanto. Um deles é quanto à promoção de
docentes, cuja lista divulgada pelo governo está incompleta e fora da ordem
enviada pelas universidades. Até agora, diz o fórum, o governo publicou apenas
a lista da Uneb, que deveria conter 99 promoções e não seguiu a ordem dos
professores que estão na lista de espera.
Além disso, os professores também apresentaram o ponto
relacionado à dedicação exclusiva. O governo quer elevar de 8 horas-aula para
12 horas-aula semanais a carga horária para professores com dedicação
exclusiva. Com as 8 horas, os professores realizam atividades de pesquisa e
extensão, o que pode ser inviabilizado com o aumento da carga horária para 12
horas.
"Nós recebemos os professores e ouvimos atentamente suas
reivindicações. A pauta é urgente e precisa ser debatida, pois os cortes estão
afetando o funcionamento das nossas universidades estaduais. Pretendemos, na
Assembleia, dar voz a estes pleitos e fazer com que as negociações avancem,
principalmente no que diz respeito ao orçamento para as instituições",
frisou Targino Machado, após o encontro.
Fonte : Bahia Noticias
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