Abin e PF fazem alerta a Lula sobre movimento dos EUA

 Relatórios apontam que Washington pode usar o pretexto do “narcoterrorismo” para justificar pressão sobre países da América Latina


Antonio Cruz/Agência Brasil


O relatório “Desafios de Inteligência – Edição 2026”, produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), aponta que a combinação do avanço do crime organizado transnacional, fragilidades institucionais e interferência externa representa um risco à autonomia política da América Latina. Segundo o documento, essas vulnerabilidades podem servir de pretexto para intervenções sob justificativas de combate ao narcoterrorismo.

A Abin tem como principal atribuição assessorar o presidente da República com informações estratégicas para auxiliar o chefe do Executivo na tomada de decisões. Para isso, analisa questões como segurança das fronteiras, narcotráfico, terrorismo e se vale da tática de operações sigilosas e contraespionagem.
De acordo com o relatório, “a região enfrenta pressões por alinhamentos e está exposta à interferência de potências estrangeiras, que exploram fragilidades internas — como dissidências políticas e o avanço do crime organizado — sob pretextos securitários (como o ‘narcoterrorismo’) para minar a soberania e a autodeterminação política”.

Nesse documento específico, que é desclassificado, a Abin não cita diretamente a Venezuela e os Estados Unidos, mas a coluna apurou que reservadamente a agência já manifestou ao Palácio do Planalto preocupação com os movimentos de Washington.

Abin e PF traçam diagnóstico

Além da Abin, a Polícia Federal também externou essa análise em caráter reservado ao presidente Lula. Integrantes da cúpula da corporação acreditam haver supostos interesses financeiros dos EUA por trás de ofensivas militares na América Latina.

Embora não mencione diretamente a Venezuela, o relatório recém-elaborado pela Abin relaciona essa dinâmica a episódios recentes em que tensões internas se sobrepõem a disputas por recursos estratégicos e a movimentações militares de potências estrangeiras, com os EUA aumentando pressões políticas, econômicas e militares sobre governos que buscam manter autonomia estratégica.

Nos últimos meses, os EUA realizaram bombardeios a embarcações no Caribe atribuídas a grupos de narcotráfico, apresentados como operações de combate ao crime transnacional, e o presidente Donald Trump reforçou a pressão sobre a Venezuela, afirmando que ataques terrestres podem ocorrer “muito em breve”.

A declaração incluiu críticas ao governo do ditador Nicolás Maduro e menções diretas ao que o republicano classifica como “narcoterrorismo” na região. A Abin defende que a integração regional e mecanismos de governança conjunta podem reduzir vulnerabilidades, equilibrar forças diante de potências estrangeiras e fortalecer a resposta a ameaças transnacionais.

Risco de militarização da Amazônia

Além do combate ao narcoterrorismo, o relatório alerta para o uso de argumentos ambientais como justificativa para intervenções.

A Abin registra o risco de militarização indireta de áreas sensíveis, como a Amazônia, sob o pretexto de proteger recursos naturais estratégicos.

O documento também indica que o crescimento do crime organizado e de mercados ilícitos pode ampliar o espaço de atuação de atores externos em regiões estratégicas, incluindo Amazônia, Atlântico Sul e tríplice fronteira, região na qual se encontram Brasil, Argentina e Paraguai.

Fonte: Metropoles

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