O amigo de conveniência e o amigo de aliança: qual dos dois você quer?

Existem dois tipos de amigos: o amigo de conveniência e o amigo de aliança. O primeiro é aquele que se aproxima quando há algo a ser ganho. Pode até ser simpático, prestativo e aparentar lealdade, mas o vínculo que o move é o interesse. Ele caminha contigo enquanto há vantagem, enquanto a amizade lhe traz algum benefício. É solidário quando lhe convém, defende quando precisa de palco e apenas parece fiel enquanto a relação lhe é útil. Mas, uma vez satisfeito o seu propósito, desaparece. E quando você deixa de ser proveitoso, você também deixa de ser importante, você é ignorado. E como é bom descobrir isso a tempo.

É que o amigo de aliança é muito diferente. Ele não está ao seu lado pelo que você tem, mas por quem você é. É aquele que não abandona a trincheira, que chora com você, ora por você e acredita em você mesmo quando ninguém mais acredita. Ele não se assusta com os seus dias sombrios, nem se afasta quando as tempestades chegam. Está lá, sustentando a sua mão, ainda que o mundo inteiro recue. Atende seu chamado na hora incerta e é luz nos dias nublados, te defende porque de ama. Não se afasta, esta sempre perto. Não te julga, não te condena, mas te alerta sobre os perigos. As atitudes desse tipo de amizade se revelam ao longo dos anos pelo ato de não desistência da sua vida.

Às vezes, a vida precisa nos despir das amizades superficiais para revelar quem são os verdadeiros. Só quando os amigos de conveniência se afastam é que percebemos o valor inestimável dos amigos de aliança. Esses não têm medo de se expor por amor, não medem esforços para nos defender e continuam a nos enxergar com carinho mesmo quando falhamos.

O amigo de conveniência procura ocasiões; o amigo de aliança constrói histórias. Um se aproxima quando o sol brilha; o outro permanece quando o céu escurece. Um busca o que pode receber; o outro entrega o que tem para dar. Um é temporário; o outro é eterno.

A Bíblia nos mostra um exemplo sublime desse tipo de amizade na relação entre Davi e Jônatas. Mesmo sendo herdeiro do trono, Jônatas abriu mão de seus próprios interesses para proteger e honrar Davi, reconhecendo o propósito de Deus na vida do amigo. Era uma amizade firmada em aliança, não em conveniência. Como diz Provérbios 17:17: “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia nasce o irmão.”

Que sejamos amigos de aliança, leais, constantes e cheios de graça, refletindo, ainda que de longe, a fidelidade do maior Amigo de todos: Jesus Cristo, que morreu por nós. Mesmo quando você se afasta.

Teobaldo Pedro.

Juazeiro-BA.

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