Olá Caríssimos,
A possibilidade de uma nova aposentadoria precoce no Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a movimentar os bastidores de Brasília. Segundo reportagem publicada pelo jornalista Claudio Dantas, a ministra Cármen Lúcia confidenciou a pessoas próximas que estuda a hipótese de deixar o tribunal antes do prazo previsto, seguindo o exemplo de Luís Roberto Barroso, que recentemente se despediu do STF em meio a grande comoção.
A recente movimentação no Supremo, marcada pela saída de Barroso e a possível aposentadoria antecipada de Cármen Lúcia, reacende um debate necessário sobre a atual configuração e o futuro da mais alta Corte do país. A chamada “debandada” não é apenas uma questão de substituição de nomes — é, acima de tudo, um sintoma de um cenário de desgaste institucional e de cansaço diante das pressões políticas que cercam o Judiciário.
Barroso, conhecido por seu perfil ativista e por declarações polêmicas, deixa o STF sob uma chuva de críticas e de aplausos, dependendo do campo ideológico que o observa. Já Cármen Lúcia, uma das vozes mais respeitadas pela sobriedade e discrição, parece representar o oposto de Barroso — mas ambos convergem em um ponto: a insustentável politização da Corte.
O STF, que deveria ser o guardião da Constituição, há tempos se transformou em arena de disputas políticas, palco de vaidades e instrumento de poder. Ministros passaram a protagonizar manchetes, entrevistas e discursos, muitas vezes em tom mais político do que jurídico. Essa exposição, somada à falta de renovação e à ausência de um verdadeiro diálogo institucional, alimenta o descrédito da população em relação ao sistema de justiça.
A saída de Barroso e, possivelmente, de Cármen Lúcia abre espaço para novas indicações — e, com elas, o velho jogo de influência política no Senado e no Planalto. O perigo é que, em vez de renovação ética e técnica, o país veja o fortalecimento do aparelhamento ideológico dentro da Suprema Corte.
A “debandada” no STF, portanto, não é motivo de comemoração nem de alívio. É um alerta. O Brasil precisa de ministros que devolvam à instituição sua função original: julgar com base na Constituição, e não conforme conveniências políticas. Caso contrário, o Supremo continuará sendo um espelho distorcido da crise moral e institucional que assombra o país.
(*) Professor e redator chefe do TMNews do Vale
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