Secretário de Estado Americano Rubio anuncia novas sanções dos EUA a juízes e promotores do TPI


O secretário de Estado americano, Marco Rubio© Jim WATSON

Os Estados Unidos impuseram sanções a mais quatro juízes e promotores do Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quarta-feira (20), incluindo funcionários de países aliados, como França e Canadá, em uma nova tentativa de obstruir o tribunal.

"O tribunal é uma ameaça à segurança nacional e tem sido um instrumento de guerra jurídica contra os Estados Unidos e nosso aliado próximo, Israel", disse o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em um comunicado. 

Rubio alegou que os quatro juristas tentaram investigar ou processar cidadãos dos Estados Unidos ou de Israel "sem o consentimento de nenhuma das nações".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, celebrou o anúncio nesta quarta-feira.

"É uma ação decisiva contra a campanha de difamação e mentiras dirigida contra o Estado de Israel (e seu exército) a favor da verdade e da justiça", declarou Netanyahu em nota.

O premiê é alvo de uma ordem de prisão do TPI por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza desde novembro de 2024.

As sanções americanas se aplicam ao juiz francês Nicolas Guillou, que preside o caso em que foi emitida a ordem de prisão Netanyahu.

O caso foi apresentado pelo Estado da Palestina, que não é reconhecido por Washington, mas, diferentemente de Israel e dos Estados Unidos, aderiu ao estatuto estabelecido pelo tribunal de Haia.

Guillou, um jurista veterano, trabalhou por vários anos nos Estados Unidos auxiliando o Departamento da Justiça durante a presidência de Barack Obama (2009-2017).

Também foi sancionada uma juíza canadense, Kimberly Prost, que participou de um caso que autorizou uma investigação sobre supostos crimes cometidos durante a guerra no Afeganistão, um processo que envolve as forças americanas.

Os Estados Unidos proibirão os juízes do TPI de entrar em seu território e congelarão quaisquer bens que possuam lá, medidas mais comuns contra adversários americanos do que contra cidadãos de aliados próximos.

Rubio também impôs sanções a dois promotores-adjuntos: Nazhat Shameem Khan, de Fiji, e Mame Mandiaye Niang, do Senegal.

O Departamento de Estado afirmou que os dois foram punidos pelos Estados Unidos por apoiarem "ações ilegítimas do TPI contra Israel", incluindo o apoio a mandados de prisão contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant. O governo Trump rejeitou veementemente a autoridade do tribunal, que é apoiado por quase todas as democracias europeias e foi estabelecido como uma corte de última instância quando os sistemas nacionais não permitem que a justiça seja feita.

Na sexta-feira, Trump recebeu o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, apesar de Putin enfrentar uma ordem de prisão do TPI, fator que o impediu de viajar mais amplamente desde que ordenou a invasão da Ucrânia.

Rubio impôs sanções a outros quatro juízes do TPI em junho.


Fonte: AFP (lb/eml/mr/mar/aa/jc)

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