(*) Taciano Medrado
Em tempos de ostentação acadêmica e valorização quase fetichista de diplomas, vivemos o auge da titulografia — um fenômeno que transforma certificados em símbolos de status, muitas vezes desvinculados da prática social real. Nunca se teve tantos mestres, doutores e especialistas. No entanto, paradoxalmente, o mundo clama por soluções que esses mesmos títulos parecem incapazes de oferecer.
A educação, enquanto instrumento de emancipação e ação transformadora, cedeu espaço ao culto da aparência intelectual. É mais fácil encher as redes sociais com títulos do que se engajar nos espaços onde a desigualdade e o abandono persistem. Essa é a marca de uma geração que, ao abdicar da práxis — o elo entre teoria e ação —, assume um papel mais contemplativo do que propositivo.
Lembro-me que, tempos atrás, os universitários buscavam primeiro concluir a graduação e, em seguida, se inseriam no mundo do trabalho para só então buscar uma especialização — fosse uma pós-graduação, mestrado ou doutorado. Hoje, muitos jovens se abarrotam de títulos precocemente, sem jamais terem experimentado a vivência prática. Tornam-se teóricos competentes, mas distantes da realidade concreta que deveriam transformar. Culpa deles? Não! Mas sim de um sistema educacional brasileiro falido, que estimula a certificação em detrimento da experimentação e da criticidade.
A abnegação da práxis, hoje, representa uma escolha pelo conforto do discurso em detrimento do enfrentamento da realidade. Multiplicam-se currículos, mas escasseiam as vozes comprometidas com a transformação social. O saber, sem engajamento, se torna estéril.
Não se trata de rejeitar a academia ou desvalorizar o mérito intelectual. Pelo contrário. O saber é essencial, mas precisa ser vivo, pulsante, em diálogo constante com a sociedade. Um diploma não é — ou não deveria ser — uma moldura de vaidade, mas um passaporte para o serviço ético, prático e coletivo.
O TMNEWS DO VALE defende uma formação que se comprometa com o mundo. Que os títulos, por mais honrosos que sejam, não sirvam apenas para adornar biografias, mas para qualificar práticas que impactem positivamente a vida das pessoas. Porque o que nos define não é o que penduramos na parede, mas o que fazemos com o que aprendemos.
(*) Professor e redator chefe do TMNEWS DO VALE
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A educação, enquanto instrumento de emancipação e ação transformadora, cedeu espaço ao culto da aparência intelectual. É mais fácil encher as redes sociais com títulos do que se engajar nos espaços onde a desigualdade e o abandono persistem. Essa é a marca de uma geração que, ao abdicar da práxis — o elo entre teoria e ação —, assume um papel mais contemplativo do que propositivo.
Lembro-me que, tempos atrás, os universitários buscavam primeiro concluir a graduação e, em seguida, se inseriam no mundo do trabalho para só então buscar uma especialização — fosse uma pós-graduação, mestrado ou doutorado. Hoje, muitos jovens se abarrotam de títulos precocemente, sem jamais terem experimentado a vivência prática. Tornam-se teóricos competentes, mas distantes da realidade concreta que deveriam transformar. Culpa deles? Não! Mas sim de um sistema educacional brasileiro falido, que estimula a certificação em detrimento da experimentação e da criticidade.
A abnegação da práxis, hoje, representa uma escolha pelo conforto do discurso em detrimento do enfrentamento da realidade. Multiplicam-se currículos, mas escasseiam as vozes comprometidas com a transformação social. O saber, sem engajamento, se torna estéril.
Não se trata de rejeitar a academia ou desvalorizar o mérito intelectual. Pelo contrário. O saber é essencial, mas precisa ser vivo, pulsante, em diálogo constante com a sociedade. Um diploma não é — ou não deveria ser — uma moldura de vaidade, mas um passaporte para o serviço ético, prático e coletivo.
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