Imagem criada pela equipe do TMNews do Vale com auxílio da IA
(*) Taciano Medrado
Na contramão do que ensinam os livros de história mais simplificados, a verdadeira luta pela Independência do Brasil não se encerrou com o grito de Dom Pedro I às margens do Ipiranga em 7 de setembro de 1822.
Na Bahia, o processo foi mais longo, mais sangrento e, sobretudo, mais popular. Por isso, no dia 2 de julho, a Bahia não apenas comemora, mas celebra com alma e resistência a sua própria independência — aquela feita pelo povo e para o povo.
Foi nas ruas de Salvador, nos campos do Recôncavo e nos sertões do interior que se travaram as batalhas decisivas contra as forças coloniais portuguesas que se recusavam a largar o osso do poder. Foram baianos e baianas — negros libertos, escravizados, indígenas, camponeses, mulheres como Maria Quitéria e Joana Angélica — que empunharam armas e coragem para fazer valer a vontade de um Brasil livre.
O 2 de Julho é, portanto, mais que uma data. É símbolo de resistência, bravura e pertencimento. É a Bahia reafirmando seu papel histórico de liderança na construção da identidade nacional. Enquanto em outras partes do país a independência foi um arranjo entre elites, aqui foi suor, sangue e luta do povo.
E hoje, quase dois séculos depois, esse mesmo povo continua lutando. A diferença é que os campos de batalha mudaram de cenário: agora são as salas de aula, os hospitais, as periferias, os sindicatos, os assentamentos, as urnas. A independência pela qual se luta hoje é a da dignidade, da justiça social, da educação de qualidade, da saúde para todos, da política limpa e comprometida com as causas populares.
O TMNews do Vale presta nesta data seu mais sincero tributo ao espírito rebelde e guerreiro do povo baiano. E lembra: comemorar o 2 de Julho é também continuar vigilante, crítico e ativo. Porque independência não é um ponto final — é uma construção contínua, coletiva e corajosa.
Viva a Bahia! Viva o 2 de Julho! Viva a independência do povo!
(*) Professor e redator-chefe
Postar um comentário