Olá carissimo(a) leitore(as),vivemos tempos em que manchetes se confundem com roteiros de filmes distópicos. O mundo assiste, atônito, à uma escalada de tensões geopolíticas que parecem remeter aos piores momentos do século XX.
A pergunta que ecoa nos corredores do poder, nas redes sociais e nos lares do cidadão comum é: estamos às portas de uma Terceira Guerra Mundial ou diante de um grande blefe encenado por potências mundiais em busca de vantagens estratégicas?
O conflito entre Rússia e Ucrânia já dura três anos e esse conflito no leste do Velho Mundo passou por reviravoltas, frustrações e uma sensação de engasgo por vários meses. A Ucrânia teve força tímida para contra-atacar a invasão, mas a Rússia, pressionada economicamente, tampouco dominou o território ucraniano como deu a entender logo no início. Os EUA tendem a sair do papel de grande fiador da ajuda militar ucraniana. E o Kremlin, sempre cercado de mistério, agora vê o baluarte do Ocidente (EUA, leia-se) propor uma negociação mais amigável às pretensões de Putin.
Antes da guerra, Ucrânia e Rússia já tinham motivos mais do que suficientes para manter uma relação territorial tensa: em 2014, Putin arrancou à força a Crimeia, no norte do Mar Negro, das mãos dos ucranianos. Naquele momento, Moscou conseguiu apoio de ucranianos separatistas, uma parcela da população importante em meio ao secular conflito sobre se, social e culturalmente, a Ucrânia é um país autônomo ou a expressão da “pequena Rússia”, como, historicamente, parte dos russos se referem aos vizinhos.
Os conflitos se somam. A crescente rivalidade entre Estados Unidos e China, a tensão permanente no Oriente Médio – especialmente envolvendo Israel, Irã e grupos armados – formam um cenário explosivo. Qualquer faísca, o barril de pólvora pode detonar. No entanto, ao contrário das guerras passadas, hoje a arma mais poderosa talvez não seja o míssil, mas a desinformação, a manipulação da narrativa e o uso estratégico do medo.
É impossível ignorar que os grandes países continuam investindo fortemente em armamentos e modernização de suas forças militares. Mas é igualmente impossível ignorar que o cidadão comum se vê preso a esse jogo entre gigantes, refém de medos instigados por governos, pela mídia e pelos algoritmos.
A sombra da guerra serve a muitos propósitos: justificar cortes de direitos, aumentar gastos militares, silenciar vozes críticas. É preciso perguntar: a quem interessa o pânico coletivo?
O mundo já está em guerra, ainda que não declarada: econômica, informacional e psicológica. A terceira grande guerra pode não vir com trincheiras e tanques cruzando fronteiras, mas com colapsos sociais, crises ambientais, sabotagens tecnológicas e uma constante ameaça que paralisa a sociedade pela incerteza.
A resposta à pergunta-título talvez esteja na intenção dos que movem as peças: blefe ou realidade, ambos têm potencial destrutivo. Cabe a nós, como cidadãos e comunicadores, manter a vigilância, promover o debate e não aceitar verdades prontas embaladas pela retórica do medo.
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(*) Professor, analista politico e Psicopedagogo
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