Polícia Federal deflagra 4ª fase da Operação Overclean na Bahia e mira suspeita de desvios milionários de emendas parlamentares.

Foto divulgação PF


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (27/6), a quarta fase da Operação Overclean. A nova etapa teve como foco o afastamento cautelar de três prefeitos da Bahia, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles são suspeitos de integrar um núcleo político ligado ao desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares e fraudes em licitações. A ação amplia o alcance da investigação, que vem sendo conduzida desde o fim de 2024.

A Operação Overclean foi iniciada em dezembro do ano passado para apurar um esquema bilionário de corrupção envolvendo recursos públicos destinados a municípios por meio de emendas parlamentares.

A investigação é conduzida pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), com apoio da agência americana Homeland Security Investigations (HSI). O prejuízo estimado gira em torno de R$ 1,4 bilhão.

Desde a primeira fase, a PF identificou um padrão de contratos superfaturados, licitações direcionadas e uso de empresas de fachada para simular concorrência. Em uma das etapas, foram apreendidas planilhas que relacionavam mais de 100 nomes e codinomes ligados ao esquema. A operação também revelou o envolvimento de empresários com influência política e agentes públicos em diferentes níveis de governo.

Entre os investigados, está o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, preso na fase inicial e apontado como articulador político do grupo. Em sua residência, a PF encontrou uma escritura de imóvel ligada ao nome do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que nega qualquer irregularidade.

Outro nome que passou a figurar na investigação é o do deputado federal Félix de Almeida Mendonça Júnior (PDT-BA), identificado como liderança do núcleo político que articulava a liberação das emendas. Embora não tenha sido alvo direto das buscas desta sexta-feira, ele é investigado pela PF por sua relação com os prefeitos afastados.

Além dos contratos públicos, a operação apura também o uso de uma aeronave pertencente ao empresário Alex Parente, outro investigado. O avião transportava parlamentares baianos, incluindo Félix Mendonça Júnior, e, segundo a PF, chegou a carregar dinheiro em espécie. Em uma das apreensões, foram encontrados R$ 1,5 milhão em Brasília. Os deputados afirmam que as viagens ocorreram por motivos logísticos e negam qualquer envolvimento com o esquema.

Na fase deflagrada nesta sexta (27), a PF realizou buscas em Salvador, Camaçari, Boquira, Ibipitanga e Paratinga. Os nomes dos prefeitos afastados seguem sob sigilo judicial. A investigação aponta que os gestores atuaram em conluio com o grupo político para fraudar licitações e beneficiar empresas ligadas aos investigados, em troca de vantagens financeiras.

A Operação Overclean segue em curso. A Polícia Federal continua analisando o material apreendido e cruzando informações com movimentações financeiras detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Fonte: Metrópoles

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