Israel aceita cessar-fogo proposto por EUA, mas denuncia novos ataques do Irã

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou na terça-feira (24), que Israel aceitou a proposta de cessar-fogo com o Irã anunciada na noite de segunda-feira (23) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mas o exército israelense afirma ter interceptado mísseis do Irã nesta manhã.

Netanyahu afirmou que Israel havia atingido seu objetivo de acabar com a ameaça nuclear e de mísseis iranianos, mas acrescentou que responderia com firmeza a qualquer violação da trégua.

"Israel agradece ao presidente Trump e aos Estados Unidos por seu apoio à defesa e sua participação na eliminação da ameaça nuclear iraniana", disse Netanyahu em um comunicado.

"Dado o alcance dos objetivos da operação, e em total coordenação com o presidente Trump, Israel aceitou a proposta do presidente para um cessar-fogo bilateral", acrescentou.

Um porta-voz militar israelense confirmou que o cessar-fogo havia começado esta manhã. As Forças de Defesa de Israel (IDF) permanecem em alerta e as instruções de segurança para a população permanecem em vigor, acrescentou.

O Exército israelense afirmou nesta terça-feira que, apesar do cessar-fogo, o perigo "persiste" especificando que a "vigilância intensificada" permanece em vigor, 12 dias após o início da guerra.

A União Europeia e a Arábia Saudita saudaram a decisão de trégua entre o Irã e Israel.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou na terça-feira que acredita que as negociações são "o único caminho viável a seguir". Este anúncio é "um passo importante para restaurar a estabilidade em uma região tensa. Esta deve ser nossa prioridade coletiva", escreveu ela no X, pedindo ao Irã "que se envolva seriamente em um processo diplomático confiável".

Mas nesta manhã, as sirenes soaram no norte de Israel, após tiros de mísseis iranianos, confirmados pelo exército israelense.

O brigadeiro-general Effie Defrin, porta-voz do Exército, afirmou que as forças israelenses mantêm "um alto nível de vigilância e prontidão para uma resposta firme a qualquer violação do cessar-fogo". O Exército mantém "segurança intensificada em todas as frentes e ao longo de todas as fronteiras", afirmou.
Cessar-fogo de 24 horas

Em 13 de junho, Israel lançou um ataque massivo contra o Irã, acusando-o de produzir armas nucleares, uma alegação que Teerã nega.

Durante a noite, Donald Trump anunciou que os dois países haviam concordado com um cessar-fogo "completo e total" que levaria ao "fim oficial" do conflito.

"O cessar-fogo está em vigor. Por favor, não o violem!", escreveu ele na manhã de terça-feira em sua plataforma Truth Social.

De acordo com Trump, o cessar-fogo durará 24 horas e será implementado em duas fases: o Irã inicialmente interromperia todas as operações antes de Israel seguir o exemplo 12 horas depois.

Duas salvas de mísseis foram disparadas do Irã em direção a Israel, de acordo com a mídia estatal iraniana Irib, antes do anúncio do cessar-fogo. Equipes de resgate israelenses relataram quatro mortos. No Irã, um ataque na província de Gilan, no norte do país, matou nove pessoas e destruiu quatro prédios residenciais, segundo a agência de notícias Fars, também antes do início do cessar-fogo.

Um cientista nuclear também foi morto durante a noite por um ataque israelense, de acordo com a mídia estatal iraniana.

O Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, havia esclarecido, antes do anúncio do governo israelense, que "não havia acordo" neste momento, mas que Teerã "não tinha intenção" de continuar seus ataques se Israel "interrompesse" a agressão.

Donald Trump fez um apelo às duas partes em conflito na segunda-feira por "paz" após o Irã lançar mísseis contra a base militar americana de Al-Udeid, no Catar, a maior do Oriente Médio, em retaliação aos ataques americanos realizados no fim de semana contra três instalações nucleares iranianas.

Ele descreveu a resposta como "muito fraca" e agradeceu ao Irã por "avisar" os Estados Unidos "a tempo, o que garantiu que nenhuma vida fosse perdida e ninguém ficasse ferido".

O Conselho de Segurança Nacional do Irã descreveu seu ataque como uma "resposta à ação agressiva" dos Estados Unidos. O Irã utilizou tantos mísseis "quanto o número de bombas" usadas nos ataques americanos, sinalizando uma resposta devidamente calibrada, segundo a mesma fonte.

O Catar afirmou ter interceptado os lançamentos iranianos e esclareceu que a base havia sido evacuada.

(Com informações AFP)

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