Pablo Almeida argumentou que fala do governador baiano é "violadora da moralidade e impessoalidade administrativa." - Foto: Rafaella Ribeiro | CMBH
O vereador de Belo Horizonte, Pablo Almeida (PL), protocolou uma notícia-crime na Procuradoria Geral da República contra o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), após o chefe de executivo baiano sugerir que eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam levados “para a vala”. A afirmação de Jerônimo Rodrigues foi feita na última sexta-feira (2 de maio), ao tecer críticas à postura de bolsonaristas na pandemia da Covid-19.
"Protocolei uma notícia-crime na PGR contra o governador da Bahia, que sugeriu que eleitores de Bolsonaro deveriam “ir para a vala”. Uma fala grave, que incita o ódio político e a violência contra milhões de brasileiros", anunciou Pablo Almeida nas redes sociais.
Em conversa com a reportagem de O TEMPO, o vereador que foi recordista de votos nas eleições municipais de 2024 na capital mineira afirmou que "mais do que como vereador, agi como cidadão levando a autoridade competente a possível ocorrência de um crime e pedindo a ela que, adote as medidas cabíveis como investigação".
Entenda caso
Durante agenda no interior da Bahia na última semana, o governador petista Jerônimo Rodrigues fez a seguinte fala:
"Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma 'enchedeira'. Sabe o que é uma 'enchedeira'? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo para a vala".
A frase de Jerônimo gerou um post de Jair Bolsonaro nas redes sociais, em que o ex-presidente afirma ter sido alvo de “discurso de ódio”. Ele cobrou uma reação das instituições e reiterou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta segunda-feira (5 de maio), o governador baiano pediu desculpas pela declaração. Jerônimo disse ser uma “pessoa religiosa, de família” e que nunca tratou qualquer opositor “com um tratamento deste”. Ele alega que a declaração foi retirada de contexto.
Fonte: Jornal O Tempo
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