Sessão da Alba é encerrada após invasão de manifestantes; servidores exigem reajuste salarial




Manifestantes invadiram a sede da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador, nesta terça-feira (27) e a sessão ordinária do dia foi encerrada pela presidente da Casa, a deputada estadual Ivana Bastos (PSD). O protesto foi realizado por membros do Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj), em greve desde o dia 6 de maio.

Eles exigem a votação de projeto de lei que garante a progressão de carreira dos profissionais, além de um reajuste salarial.

Por meio das redes sociais, o Sintaj compartilhou um vídeo do momento da invasão ao Legislativo baiano. O grupo entrou no local antes do início da sessão do dia e se recusou a sair do local.

Em nota, a Alba informou que a presidente Ivana Bastos tentou diálogo com os manifestantes, mas não conseguiu firmar nenhum acordo com eles. Em seguida, a parlamentar decidiu encerrar os trabalhos legislativos.

“Nosso compromisso com o diálogo e com os direitos dos trabalhadores permanece firme. Mas a invasão de um espaço democrático, como o plenário desta Casa, rompe qualquer possibilidade de construção coletiva e impede o funcionamento legítimo do Parlamento”, criticou Ivana.

A presidente afirmou que já havia se reunido com representantes do movimento grevista e escutado às reivindicações do grupo para atuar como ponte com o poder Judiciário. Em meio a isso, o Sintaj ressalta que não tem prazo para acabar a greve.

A mobilização também inclui os profissionais representados pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), que estão paralisados desde o dia 12 de maio. Conforme o Sinpojud, os trabalhadores também exigem a aprovação do Plano de Cargos, Carreias e Vencimento (PCCV), projeto de lei que está aguardando votação na Alba desde agosto de 2024. Através dessa aprovação, as necessidades da categoria seriam atendidas.

O g1 entrou em contato com o TJ-BA para obter detalhes das negociações com os trabalhadores e aguarda retorno.

Entenda reivindicações da categoria

Segundo o Sintaj, a greve acontece em virtude dos salários, que acumulam uma defasagem de 62% em relação à inflação dos últimos 10 anos. Eles reivindicam reajuste salarial, alegando estarem há mais de oito anos sem aumento, e cobram a tramitação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), que prevê a recuperação gradual de 53,3% da perda.

"São oito anos que a gente não tem reajuste linear e de inflação. Não se trata de aumento, mas simplesmente cobrir a inflação. Como a gente percebe, ela corrói o salário", afirmou Danilo Bruno Oliveira, secretário da 3ª Vara de Vitória da Conquista.

A categoria afirma que os atendimentos essenciais estão garantidos, mas apenas urgências e emergências serão cumpridas. Na prática, segundo o sindicato, decisões relacionadas à saúde, energia elétrica e abastecimento de água continuam sendo atendidas.

Segundo Danilo Bruno, o sindicato promoveu reuniões em Salvador nos últimos meses, mas as solicitações da categoria não foram atendidas.

G1 - Bahia 

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