Ataque aéreo israelita este domingo (18.05)© Mahmoud Issa/REUTERS
O exército de Israel anunciou neste domingo (18.05) que iniciou "operações terrestres extensas" em todo o norte e sul da Faixa de Gaza, como parte de uma nova campanha chamada "Operação Carruagens de Gideão".
Em um comunicado, os militares informaram que haviam matado dezenas de combatentes do Hamas e atingido mais de 670 alvos em ataques preliminares realizados ao longo da última semana.
Profissionais de saúde em Gaza relataram que centenas de pessoas — incluindo muitas mulheres e crianças — foram mortas na última semana, com quase uma centena de corpos chegando aos hospitais somente no domingo.
O exército israelita afirmou que a campanha envolve tanto soldados da ativa quanto reservistas.
"Forças de Defesa de Israel (IDF) continuarão a operar contra as organizações terroristas na Faixa de Gaza conforme necessário, a fim de defender os civis israelenses", dizia o comunicado.
Israel afirma que o novo plano tem como objetivo aumentar a pressão sobre o grupo militante Hamas para que liberte os reféns israelenses mantidos em Gaza.
O Hamas, por sua vez, declarou que qualquer novo acordo de cessar-fogo deve incluir a retirada completa das forças israelenses da Faixa de Gaza, além de um roteiro para o fim dos combates.
Netanyahu
O gabinete do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu afirmou neste domingo que Israel está aberto a um acordo com o Hamas que inclua "o fim dos combates" na Faixa de Gaza, enquanto equipas de negociadores se encontravam na capital do Catar, Doha.
"Mesmo neste momento, a equipa de negociação em Doha está a trabalhar para explorar todas as possibilidades de um acordo — seja de acordo com o quadro Witkoff ou como parte do fim dos combates", declarou o gabinete, referindo-se ao enviado dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, que tem estado envolvido em discussões anteriores.
A nota afirmou que as conversações mais recentes incluíam discussões sobre uma trégua e um acordo sobre os reféns, assim como uma proposta israelita para terminar a guerra em troca do "exílio dos terroristas do Hamas e o desarmamento da Faixa de Gaza".
Esses termos são aqueles que o Hamas já rejeitou anteriormente. Um alto funcionário israelita afirmou que até agora não houve progresso nas negociações.
Cessar-fogo
Reunidos na 34.ª cimeira anual em Bagdade, no Iraque, os líderes árabes declararam no sábado a sua intenção de alcançar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Comprometeram-se ainda a contribuir para a reconstrução do território assim que o conflito chegar ao fim.
Também no sábado, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, garantiu ao seu homólogo palestiniano que Espanha fará "tudo o que estiver ao seu alcance para pôr fim à barbárie" em Gaza.
À chegada à sede da Liga Árabe, em Bagdade, Sánchez anunciou que irá promover uma proposta junto das Nações Unidas, apelando ao Tribunal Internacional de Justiça para que se pronuncie sobre o cumprimento, por parte de Israel, das suas obrigações quanto ao acesso à ajuda humanitária no território palestiniano.
Entretanto, as autoridades de Gaza atualizaram no sábado o número de vítimas da ofensiva militar israelita, que já terá causado quase 53.300 mortos desde o início da guerra.
O conflito eclodiu após os ataques de 7 de outubro de 2023, levados a cabo pelo Hamas e outros grupos palestinianos, que provocaram cerca de 1.200 mortos e 250 raptos, segundo dados oficiais israelitas.
por:content_author: tm, com agências
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