Governo Lula 3: Campeão na troca de ministros, mas lanterna em estabilidade

(*) Taciano Medrado

O terceiro mandato de Lula, que chegou ao poder prometendo estabilidade e reconstrução, vem se destacando por um recorde pouco honroso: 11 ministros substituídos em pouco mais de um ano. Um número que não revela apenas trocas pontuais, mas expõe a fragilidade, a instabilidade e a ausência de um projeto sólido de governo. Trocas, na maioria motivado pro  escândalos e denúncias graves imputadas aos ministros. 

O velho Lula de sempre,  parece repetir um antigo  roteiro da política brasileira: montar um ministério inchado, recheado de partidos, tendências e promessas, para depois entregar as pastas como moeda de troca por apoio no Congresso. A diferença é que, dessa vez, as mudanças são tão frequentes e desordenadas que fica claro: falta pulso firme e sobra barganha política.

Quem perde com isso? A população. 

Trocar ministros não é apenas mudar nomes – é paralisar ações, gerar confusão interna, interromper programas e comprometer resultados. Ministérios que deveriam estar focados em enfrentar os grandes desafios do país, como saúde, segurança, educação e meio ambiente, viram palco de disputas entre aliados. São pastas tratadas como prêmios de consolação em um governo cada vez mais dependente do centrão e menos conectado com a base que o elegeu.

Lula, que já foi símbolo de liderança política e estabilidade institucional, parece agora refém das velhas práticas que tanto criticou. Os discursos do inicio do mandato quanto vociferava a todos os e de que qualquer ministro que se envolvesse em irregularidades, a menor que fosse seria convidado a deixar o governo. 

Nota-se que mais uma vez prevalece a  falta de coerência nas escolhas, a submissão às pressões partidárias e o foco excessivo na manutenção do poder a qualquer custo revelam um governo que perdeu o rumo e se contenta com a sobrevivência política diária.

É preciso dizer com todas as letras: ser campeão em troca de ministros é sinônimo de fracasso administrativo. Não há como planejar o futuro de um país quando os gestores mudam antes mesmo de conhecer a estrutura que comandam. O Brasil precisa de liderança, não de improviso. Precisa de ministros técnicos, não de apadrinhados. Precisa de um governo firme, não de um presidente que apenas gerencia crises internas para manter a coalizão unida.

Se Lula quiser salvar seu legado e entregar algo além de promessas, precisa urgentemente parar de trocar peças e começar a jogar com seriedade. Caso contrário, este mandato será lembrado não pelas realizações, mas por sua inconstância e pelo triste título de campeão na dança das cadeiras ministeriais.

De uma coisa é certa. A sombra das mazelas dos governos Lula 1 e 2 retornam agora no Lula 3, afinal, Lula carrega em si o dom  de atrair  maracutaias e escândalos. È fato que  Lula retornou por que a maioria dos eleitores quiseram e fizeram o "L",  e portanto esses não podem, agora se queixarem. 

Por enquanto, os escândalos ainda não são suficientes para um impeachment, mas vale lembrar que o mandato do Lula 3 vai até o dia 31 de dezembro de 2026 e até lá muita sujeira ainda irá aparecer. È só esperar!


(*) Professor e analista político

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