Condenada a 10 anos de prisão, Zambelli ficará inelegível, deve perder mandato e vive desgaste com Bolsonaro


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), em imagem de 1º de março de 2023 — Foto: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada nesta semana pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Embora seja considerada um incômodo pelo o ex-presidente Jair Bolsonaro, a deputada será acolhida pela bancada do PL na Câmara. Bolsonaro já afirmou que considera a deputada a principal culpada pelo fracasso nas urnas em 2022.

Na véspera do pleito, Zambelli, até então uma aliada próxima do ex-presidente, sacou uma arma e apontou para um homem no meio da rua nos Jardins, área nobre de São Paulo.

O caso repercutiu mal e ela acabou perdendo o apoio de grande parte dos correligionários, inclusive do ex-presidente, com o qual diz não ter nenhuma relação.

“Não é que está ruim [a relação]. Não há relação com o presidente. Eu continuo com a minha relação com a Michelle, o PL mulher fez uma postagem falando da perseguição, o Eduardo Bolsonaro postou. [...] Se ele [Jair Bolsonaro] acha mesmo que eu fiz ele perder a eleição é natural que ele esteja chateado. Não posso forçar ele a esquecer. Já pedi desculpas, tô pagando na justiça, já me arrependi, tive depressão por isso. Com o tempo essas coisas vão se resolvendo”, afirmou Zambelli ao g1.

Apesar do mal estar com o ex-presidente, os deputados do PL usarão a defesa do mandato da parlamentar em mais uma frente de embate com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Na decisão que condenou Zambelli, os ministros da 1ª Turma declararam a perda automática do mandato da deputada, com chancela da Mesa Diretora da Casa. Os parlamentares avaliam, porém, que a decisão sobre a perda do mandato é do plenário da Câmara e não da Mesa Diretora.

“Quem cassa mandato é o plenário. Todo o partido está solidário a ela. É um absurdo, uma perseguição descarada. Vamos tentar arrastar o processo até o final do ano que vem, para que ela termine o mandato sem a cassação”, afirmou o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante.

Ao g1, o deputado afirmou ainda que não há nada resolvido sobre o projeto da anistia, mas que o partido pretende avaliar se o crimes cometidos pela deputada poderiam entrar no escopo do projeto.

Líder silenciou

A aliados, a deputada disse não se sentir isolada politicamente, mas se queixou da falta de apoio do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), fiel escudeiro do ex-presidente Jair Bolsonaro.

G1- Política

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