Lula e seu machismo raiz

Fotomontagem TMNews do Vale 

(*) Valter Bernat

Não foi a primeira vez que ele demonstrou este seu traço de personalidade machista. Vamos recordar algumas..

Em março, ele afirmou, em discurso no Congresso, que tinha escolhido uma mulher bonita (sic) para comandar a Secretaria de Relações Institucionais, falando sobre Gleisi Hoffmann. “É muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e o presidente do Senado. Porque uma coisa, companheiros, que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês… Por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância entre vocês”.

Em janeiro deste ano, ele falou que, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. A fala se deu no momento em que Lula se descreveu como um amante da democracia, durante cerimônia feita em alusão aos dois anos das invasões de 8 de janeiro de 2023: “Eu sou um amante da democracia. Não sou nem marido, eu sou amante, porque, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. Eu sou um amante da democracia e conheço o valor dela”.

No ano passado, em julho, Lula fez uma piada ao falar sobre o aumento dos casos de agressão doméstica, em evento no Palácio do Planalto, e disse que “depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável, mas se o cara é corintiano, tudo bem”.

Já em junho do mesmo ano, em discurso durante cerimônia de entrega de moradias do Minha Casa Minha Vida em Fortaleza, o presidente disse a uma mãe de três crianças que a primeira coisa que ela deve fazer é “parar de ter filho”.

Em março do ano passado, Lula afirmou que mulher com formação não depende do pai para comprar batom e calcinha. – “Quando uma mulher tem profissão, ela tem salário e ela pode custear a vida dela, ela não vai viver com nenhum homem que não goste dela. Ela não vai viver com necessidade, não vai viver por dependência (…) Ela não vai ficar dependente, “ah eu preciso que o meu pai me dê R$5 para comprar um batom”, ou “preciso que o meu pai me dê R$ 10 para comprar uma calcinha”, “preciso não sei das quantas para comprar tal coisa” .

Já em uma declaração durante evento no Complexo do Alemão, no Rio, em fevereiro de 2024, o presidente tentou exaltar a importância da educação, mas acabou cometendo um deslize envolvendo o público feminino: afirmou que nenhuma mulher quer namorar com um cara que é ajudante geral: “Se a gente não tiver profissão, a gente vai ser ajudante geral e ajudante geral não ganha nada. Nenhuma mulher quer namorar com um cara que mostra carteira profissional, qual é a sua profissão? Ajudante geral. A mulher fala: “Pô cara, nem uma profissão você tem, para levar o feijão e o arroz para casa no final do mês,

e as crianças que vão nascer, como é que a gente vai cuidar?” Então, tem que estudar”.

E na última terça, criticando uma previsão de crescimento do Brasil, feita em 2023, pela diretora-geral do FMI, Lula se referiu a ela da seguinte forma: “…e naquele ano, lá em Hiroshima, eu encontro uma mulherzinha, diretora-geral do FMI, que nem me conhecia…”. Usar a expressão “mulherzinha” para criticar alguém mostra, mais uma vez, que o machismo é parte indissociável da personalidade de Lula.

Embora o presidente Lula possua vários desafetos do sexo masculino, mais uma vez demonstrou misoginia ao chamar a diretora-geral do FMI de mulherzinha, e ainda fez voz de fragilidade. Com adjetivos para rotular seu arqui-inimigo Trump – como “topetudo”, “galalau” e “homão”.

O Editorial desta semana tem muitas citações e falas de Lula, mas a ideia é mostrar seu machismo enraizado, machismo cultural e confirma que, de improviso, Lula não pode dar nem bom dia!

Boa Páscoa a todos!

(*) Advogado, analista de TI e editor do site O Boletim

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