Dia Mundial do Café: Bebida pode proteger o cérebro e promover efeitos cardiovasculares favoráveis



Mais do que um aliado para começar bem o dia o café pode ter um papel importante na saúde do cérebro. Estudo publicado em 2021 na revista Alzheimer’s & Dementia acompanhou 263 pessoas com mais de 70 anos ao longo de cinco anos e revelou que aquelas que consumiam menos de 200 mg de cafeína por dia, o equivalente a cerca de duas xícaras de café, apresentaram o dobro de chances de desenvolver comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer, em comparação com quem tomava doses mais elevadas da bebida.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o Brasil segue como o segundo maior mercado de café do mundo, com uma média per capita de 6,26 kg por ano de café cru, que seria cerca de 1.430 xícaras por habitante. Além disso, entre novembro de 2023 e outubro de 2024, o volume consumido no país representou 40,4% da safra nacional.

Com uma presença tão marcante no dia a dia, entender os impactos do café sobre a saúde é cada vez mais relevante.

A neurologista Dra. Viviane Felici, do Centro Especializado em Neurologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que a cafeína, princípio ativo do café, age como um estimulante do sistema nervoso central ao inibir a ação da adenosina, substância ligada à sensação de cansaço. Esse bloqueio favorece o estado de alerta e interfere positivamente na liberação de dopamina e norepinefrina, que influenciam o humor, memória e capacidade de atenção.

“Há cada vez mais evidências de que o consumo regular e moderado de café pode estar ligado a um risco menor de doenças neurodegenerativas. O estudo publicado na Alzheimer’s & Dementia contribui com essa hipótese, ao mostrar uma possível conexão entre a cafeína e a redução do acúmulo de β-amiloide no cérebro, uma das marcas da doença de Alzheimer”, afirma a especialista.

A médica ressalta que os efeitos do café podem variar de pessoa para pessoa, influenciados por fatores como genética, idade, estilo de vida e tolerância individual. “Alguns indivíduos têm o metabolismo mais lento para a cafeína por conta de características genéticas, o que pode aumentar a sensibilidade. Já no envelhecimento, o organismo demora mais a eliminar a substância, o que pode acentuar reações como insônia e agitação”, completa.

Na hora de consumir, moderação é a palavra-chave

O Prof. Dr. Álvaro Avezum, head do Centro Especializado em Cardiologia e diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, destaca que o consumo leve a moderado de café também está associado a benefícios cardiovasculares. “O consumo de 0,5 a 3 xícaras de café por dia, em comparação com não consumir, foi associado a uma redução de 12% na mortalidade por todas as causas, redução de 17% na mortalidade cardiovascular e redução de 21% no risco de acidente vascular cerebral (AVC)”, comenta.

Ele reforça que os efeitos do café variam conforme a quantidade ingerida, a sensibilidade individual e até o horário em que a bebida é consumida, lembrando que, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário de cafeína não deve ultrapassar os 400 mg. “Quando em excesso, a cafeína pode causar reações como taquicardia, arritmias, aumento da pressão arterial, refluxo e gastrite. Por isso, é importante considerar o perfil clínico da pessoa antes de indicar o consumo”, orienta.

Pessoas com maior sensibilidade à cafeína, como quem sofre de ansiedade, insônia, epilepsia ou problemas gástricos, devem ter atenção redobrada. Nesses casos, a substância pode afetar a eficácia de medicamentos anticonvulsivantes, agravar sintomas de ansiedade, prejudicar o sono e provocar desconfortos no trato gastrointestinal. Entre os idosos, que metabolizam a cafeína de forma mais lenta, o ideal é evitar a bebida no fim da tarde ou à noite.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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Com Informações do  Conteúdo Comunicação

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